A Samsung Electronics registrou o primeiro declínio em seu lucro em sete trimestres, em meio a vendas mornas de seus principais modelos de smartphones, mas a gigante da tecnologia deve voltar a bater recordes de venda no terceiro trimestre, com vendas fortes de semicondutores e preços mais altos para os painéis de OLED.

A companhia sul-coreana registrou lucro de 14,87 trilhões de won (R$ 50,1 bilhões) no segundo trimestre, 5,4% abaixo do resultado de 15,6 trilhões de won (R$ 52,6 bilhões) do primeiro trimestre, o que representa seu primeiro declínio de lucro operacional ante o trimestre anterior.

Mas a gigante da tecnologia fez projeções otimistas para o segundo semestre. "No futuro, a Samsung antecipa força sustentada no mercado de memória e demanda crescente por painéis OLED flexíveis, o que deve elevar a receita no segundo semestre", afirmou a empresa.

Os analistas afirmaram que a queda no lucro trimestral era provavelmente uma anomalia, e que a Samsung deve retomar seu ritmo recorde de crescimento de lucros no segundo semestre, porque a demanda por chips de memória DRAM continua forte, e a venda de painéis OLED deve crescer com o lançamento de novos modelos.

As ações da Samsung caíram em mais de 10% até agora este ano, e se tornaram um dos papéis de pior desempenho no setor mundial de tecnologia, devido a preocupações cada vez maiores sobre de onde ela obterá crescimento de receita.

A receita da Samsung vem sendo impulsionada pelos semicondutores, que geraram mais de 80% de seu lucro operacional. O lucro operacional da divisão de semicondutores cresceu a 11,6 trilhões de won (R$ 39,1 bilhões), ante oito trilhões de won (R$ 26,9 bilhões) no período um ano atrás, com base na força de um superciclo setorial de dois anos de duração.

Mas o lucro operacional da divisão de aparelhos móveis caiu a 2,67 trilhões de won (R$ 9 bilhões), ante quatro trilhões de won (R$ 13,4 bilhões) no período um ano antes, devido a vendas inferiores às esperadas para o smartphone Galaxy S9. A liderança de mercado da Samsung está sendo ameaçada por rivais chineses como a Xiaomi e a Huawei, que estão ganhando terreno com modelos mais baratos.

A Samsung continua a ser a maior fabricante mundial de smartphones, com vendas de quase 80 milhões de unidades e participação de mais de 20% no mercado mundial.

_{^{Tradução de PAULO MIGLIACCI}}