Coronavírus não afeta exportadores brasileiros, diz secretário de comércio exterior

Marcos Troyjo afirma que governo está atento aos efeitos econômicos da infecção

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Rio de Janeiro

O secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, disse nesta sexta (31) que o surto de coronavírus ainda não afetou exportadores brasileiros. O vírus se espalhou a partir da China, principal parceiro comercial do país.

Troyjo afirmou que o governo está atento aos efeitos econômicos da crise global, que tem impactado os mercados financeiros. Mas que não ouviu de exportadores sinais de impactos em suas vendas ao exterior.

"Isso ainda não chegou nos exportadores brasileiros, mas é claro que estamos atentos para ver de que maneira o Brasil pode responder", afirmou o secretário, em evento promovido pelo Grupo Voto, no Rio.

Vista de drone do terminal portuário de Santos
Vista de drone do terminal portuário de Santos - Rubens Chaves - 25.jun.2019/Folhapress

Ele não deu, porém, maiores detalhes sobre sua avaliação. Após palestra, deixou o local sem dar entrevista.

O mercado teme perda de força na economia chinesa, com efeitos em empresas vendedoras de produtos para a segunda maior economia do mundo. Do Brasil, a China é grande compradora de soja, minério e petróleo.

Na avaliação do governo, os efeitos na economia brasileira podem ser minimizados por causa da menor participação do comércio exterior no PIB, em comparação a países desenvolvidos. Atualmente, as trocas comerciais com o exterior representam 23% do PIB.

No evento no Rio, Troyjo citou o surto de coronavírus como uma das incertezas para o crescimento econômico em 2020, ao lado das mudanças nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos e com relação à economia argentina.

"O Brasil fez aposta lá atrás num formato de Mercosul que o tornou bastante dependente, sobretudo nas exportações de manufaturados, do mercado argentino", afirmou, a uma plateia formada por empresários.

Troyjo afirmou que o governo manterá o esforço para abrir a economia e buscar novos mercados e alertou que o futuro do Mercosul dependerá do ritmo que os parceiros pretendem manter nesse processo após a troca de comando no fim de 2019.

"O que vai definir essa decisão de tornar o Mercosul mais resiliente, o que eu chamo de Mercosul flex, são as negociações que estão em curso EUA, Singapura e Coréia. O Brasil não pode se permitir andar em velocidade de comboio, aquela velocidade que tem que respeitar o veículo mais lento", disse.

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