Presidente do BB afirma que open banking e fintechs podem levar a privatização do banco

Segundo Rubem Novaes, falta convencer Bolsonaro sobre a privatização do banco

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São Paulo

O presidente do BB (Banco do Brasil), Rubem Novaes, afirmou que os avanços das fintechs e do open banking pressionarão a privatização do banco público no médio prazo.

"Um dia será inevitável privatizar o Banco do Brasil. Nesse novo mundo que virá, não é um problema para hoje ou para amanhã. Em um horizonte de cinco anos eu não vejo problemas. Mas na medida que se aprofundar esse novo mundo bancário de open banking e competição das fintechs, as desvantagens de ser um banco público vão se acentuar. E eu acho que a gente já devia começar a se antecipar para pensar em privatização. Assim não teria trauma nenhum", afirmou.

Fachada do Banco do Brasil na avenida Paulista no centro de São Paulo.
Fachada do Banco do Brasil na avenida Paulista no centro de São Paulo. - Bruno Santos/Folhapress

Segundo o executivo, apesar de a equipe econômica e do ministro da Economia Paulo Guedes também serem a favor da privatização, ainda falta passar pelo Congresso e convencer o presidente Jair Bolsonaro.

"É uma questão política, está muito acima de nós. Tem que passar pelo Congresso, tem que convencer o presidente da República. Me parece que na Câmara já houve uma pesquisa e a maioria já se mostrou favorável a pelo menos considerar a ideia. Não sei o quão precisa é essa pesquisa, mas ainda depende do Senado e do presidente da República", disse.

Para Novaes, o bônus de ser estatal já acabou e ficou o ônus da operação. "É óbvio que o Banco do Brasil teria mais flexibilidade na sua operação e seria mais eficiente. Tenho convicção de que sem essas amarras, nós passaríamos dos concorrentes privados", afirmou.

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