O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que, a depender da velocidade de retomada da atividade econômica, a abertura de capital da Caixa Cartões pode anteceder a da da Caixa Seguridade.
Segundo Guimarães, fatores como um ambiente propício para a precificação das ações no mercado e uma avaliação sobre os impactos que o IPO da Caixa Seguridade poderia ter ante a operacionalização de suas joint ventures em fevereiro de 2021 também estão sendo considerados.
“Há uma discussão interna. Se conseguirmos recuperar até setembro, o IPO [lançamento de ações no mercado de capitais] da Caixa Seguridade acontece primeiro. Mas se a recuperação começar apenas em novembro, a proximidade da operacionalização das joint ventures [associações entre empresas] de seguros pode acabar gerando uma precificação menor do que o esperado, então fará mais sentido passarmos a abertura de capital da Caixa Cartões na frente”, disse o presidente do banco público em pronunciamento à imprensa nesta quinta-feira (21), para falar sobre os resultados do banco no primeiro trimestre.
Guimarães também afirmou que outras duas parcerias devem ser anunciadas até o início de junho para o braço de cartões.
A Caixa Seguridade já havia feito duas joint ventures: uma com a Tokio Marine, para vender seguro habitacional e residencial, e outra com a Icatu Seguros, para capitalização.
O presidente da Caixa disse ainda que, apesar da abertura de capital das duas companhias serem uma prioridade do banco, os IPOs não serão feitos a qualquer preço.
“Tudo é uma questão do impacto econômico e social da pandemia e existe zero chance de abrirmos capital para vender a qualquer preço. Só faremos o IPO quando o mercado precificar o que achamos que vale”, disse Guimarães.
A abertura de capital do braço de seguros do banco público já havia sido protocolada junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em 21 de fevereiro, mas a companhia acabou decidindo interromper a oferta em 11 de março, ante o avanço da pandemia do coronavírus.
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