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Startup nordestina que reduz conta de luz de empresas chega a São Paulo

Aplicativo Clarke ajuda a fazer economias de até 30%

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São Paulo

A partir desta quarta-feira (27) estará disponível em São Paulo o aplicativo Clarke Energia, que ajuda empresas a reduzir a conta de luz em meio a uma crise que abateu boa parte dos negócios. A startup começou a operar durante a pandemia na Bahia, expandindo posteriormente para o Rio Grande do Norte e Pernambuco.

Segundo seu presidente-executivo, o carioca agora radicado em São Paulo Pedro Rio, economias no Nordeste chegaram a 30%, com uma média de 9%. Ele espera que no estado essas porcentagens sejam um pouco menores, devido à diferença de tarifas.

Para funcionar, a startup basicamente integra a conta de luz do usuário, identificando ineficiências da cobrança, como a tarifa utilizada. O cliente não tem nenhum custo na operação, precisa apenas baixar o aplicativo e permitir a análise feita pela inteligência artificial. Tudo é feito de forma online em um prazo de 70 dias entre o diagnóstico e a chegada da conta de luz.

A economia consiste basicamente, explica Rio, em alterar as contas para a chamada tarifa branca, modalidade de cobrança que permite ao consumidos pagar valores diferentes em horários de maior demanda.

Aplicativo Clarke Energia, que ajuda empresas de pequeno e médio porte a economizarem na conta de luz
Aplicativo Clarke Energia, que ajuda empresas de pequeno e médio porte a economizarem na conta de luz - Divulgação

A própria Clarke cuida do processo para fazer a alteração, se for o caso. O lucro vem de 30% do valor economizado nos primeiros 12 meses de uso. O aplicativo também facilita o pagamento da conta e permite exportar relatórios.

Para o presidente-executivo, a startup opera tal qual uma empresa de contabilidade, mas identificando regimes tarifários, em vez de tributários.

"Uma Gerdau tem 20 funcionários para olhar a conta de luz, mas a padaria da esquina não tem a mesma estrutura. Estamos democratizando essa expertise que o pequeno e médio empresário que não têm condições de contratar", diz ele.

"É um produto simples, basicamente nossa inteligência faz a análise e mudamos a tarifa de um ponto A para um ponto B. Mas o cliente não precisa investir nada, nem tempo, nem dinheiro, e pode dedicar seus esforços ao que importa em seu negócio."

Os fundadores da Clarke, Pedro Rio, Victor Copque e Rodrigo Camargo
Os fundadores da Clarke, Pedro Rio, Victor Copque e Rodrigo Camargo - Divulgação

Em seu primeiro ano de atuação, a Clarke atendeu 500 clientes, que vão de pet shops a consultórios odontológicos, passando por lojas de materiais de construção e fábricas têxteis. "Dizemos que nosso cliente ideal é aquele que funciona em horário comercial e tem ar condicionado."

Segundo Rio, a chegada a São Paulo servirá de escala para a empresa, que pretende futuramente fornecer energia diretamente ao consumidor. A startup recebeu no ano passado um investimento liderado pela Canary, com participação da Feap e EDP Ventures, e se prepara para uma nova rodada.

"O Nordeste foi nosso primeiro desafio e serviu como laboratório para validarmos o produto. Começamos com 11 clientes, e hoje estamos com mais de 500. A meta agora é chegar a 2000 até o final do ano", conclui Rio.

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