Stephen E. Wilhite, programador que ficou mais conhecido por inventar o GIF, as animações em "loop" que se tornaram uma linguagem universal para transmitir humor, sarcasmo e angústia nas redes sociais e em mensagens instantâneas, morreu em Cincinnati (Ohio, centro-leste dos EUA) em 14 de março. Ele tinha 74 anos.

Sua morte, num hospital, foi confirmada na quinta-feira (24) por sua mulher, Kathaleen Wilhite, que disse que a causa foram complicações da Covid-19.

Em 1987, enquanto Stephen Wilhite trabalhava para a CompuServe, o primeiro serviço online dos Estados Unidos, ele liderou uma equipe de engenheiros que revolucionou a forma como as pessoas podiam compartilhar videoclipes na internet. Eles chamaram o formato que criaram de GIF, abreviação de Graphics Interchange Format, um tipo de arquivo de imagem compactada com uma facilidade de uso que o tornou duradouro.

A atração dessa tecnologia se expandiu de computadores para smartphones, dando aos famosos e não tão famosos a capacidade de compartilhar GIFs em plataformas como Twitter e Facebook e, eventualmente, criar seus próprios loops (ciclos). Ele inspirou o famoso GIF "dancing baby" em 1996 e aplicativos populares como Giphy.

"Vi o formato que queria na minha cabeça e comecei a programar", disse Wilhite ao The New York Times em 2013.

Naquele ano, Wilhite, que também havia sido arquiteto-chefe da America Online, recebeu um prêmio pelo conjunto da obra no Webby Awards.

Além de sua mulher, Wilhite deixa um filho, David, seus enteados (Rick Groves, Robin Landrum, Renee Bennett e Rebecca Boaz), 11 netos e três bisnetos.

Em 2012, o Oxford American Dictionaries reconheceu GIF como sua "palavra do ano".

Embora a utilidade da inovação de Wilhite fosse indiscutível, a pronúncia de "GIF" era um assunto frequente de discussão. Era pronunciado com um G forte ou suave?

"O Oxford English Dictionary aceita ambas as pronúncias", disse Wilhite. "Eles estão errados. É um G suave, pronuncia-se 'jif'. Fim da história."