Descrição de chapéu Banco Central

Brasil tem déficit em conta corrente de US$ 5,2 bi em julho, maior que o esperado

Resultado negativo acumulado em 12 meses totaliza o equivalente a 1,56% do PIB, diz BC

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília | Reuters

O Brasil teve um déficit em transações correntes de US$ 5,2 bilhões em julho, com o resultado negativo acumulado em 12 meses totalizando o equivalente a 1,56% do PIB (Produto Interno Bruto), informou o BC (Banco Central) nesta segunda-feira (26).

O saldo deficitário do mês foi maior que o esperado pelo mercado, com expectativa em pesquisa da Reuters apontando para um saldo negativo de US$ 4 bilhões. Os investimentos diretos no país alcançaram US$ 7,3 bilhões em julho, acima dos US$ 6 bilhões projetados na pesquisa.

A imagem mostra um edifício moderno com duas torres verticais, interligadas por uma estrutura central. O prédio é cercado por árvores verdes e um céu azul com nuvens brancas. A base do edifício é ampla e possui janelas grandes, refletindo a vegetação ao redor.
Fachada do Banco Central, em Brasília - Gabriela Biló - 14.abr.2023/Folhapress

No mês, a conta de renda primária apresentou saldo negativo de US$ 7,8 bilhões, ante déficit de US$ 8,2 bilhões no mesmo período do ano anterior.

As despesas líquidas de lucros e dividendos, associadas aos investimentos diretos e em carteira, totalizaram US$ 3,5 bilhões, redução de 21,4% ante julho de 2023. As despesas líquidas com juros somaram US$ 4,4 bilhões, 15,6% a mais do que no mesmo mês do ano passado.

Já a balança comercial teve superávit de US$ 7,1 bilhões, contra US$ 7,6 bilhões no mesmo mês de 2023. De acordo com o BC, as exportações de bens somaram US$ 31,2 bilhões, alta de 9,3% na comparação interanual, enquanto as importações de bens aumentaram 15,2%, totalizando US$ 24,1 bilhões.

O rombo na conta de serviços ficou em US$ 4,8 bilhões, contra déficit de US$ 3,2 bilhões em julho do ano anterior.

A partir dos dados de junho, o BC passou a não considerar mais as compras de ativos em criptomoedas como uma importação que afeta a balança comercial, reduzindo o déficit em conta corrente, revisão que segue o Fmi (Fundo Monetário Internacional).

Desde 2019, ativos em criptomoeda vinham sendo tratados como bens. A vertiginosa importação desses ativos pelos brasileiros vinha resultando num superávit comercial menor pelo critério do BC.

Agora os criptoativos serão acrescentados na linha de conta de capital do balanço de pagamentos, que registra transações envolvendo a compra e venda de ativos não financeiros e não produzidos e transferências de capital.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.