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Bolívia confirma concessão de asilo a senador opositor no Brasil
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DA EFE, EM LA PAZ
O governo da Bolívia informou nesta quinta-feira ter recebido um comunicado oficial do Brasil sobre o asilo concedido ao senador opositor Roger Pinto, mas acredita em uma revogação após Brasília analisar a documentação judicial sobre o legislador, que está abrigado há 17 dias na embaixada brasileira em La Paz.
O ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, disse nesta quinta-feira aos jornalistas que recebeu a comunicação do governo da presidente Dilma Rousseff e responderá por vias oficiais, após vários dias alegando que estava à espera de uma confirmação brasileira sobre a medida.
O chanceler boliviano assinalou que, quando Pinto entrou na embaixada brasileira, entrou em contato com o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e lhe enviou toda a documentação sobre os processos que o senador enfrenta para que o país tome a decisão "mais correta possível".
Choquehuanca também ressaltou várias vezes que "tudo é possível" quando perguntado se acredita que o Brasil possa voltar atrás e revogar o asilo ao parlamentar de direita.
O ministro boliviano lembrou que, em 2006, o governo de La Paz revogou o asilo concedido a dois paraguaios após receber informações oficiais de Assunção sobre sua suposta participação no sequestro e assassinato de Cecilia, filha do ex-presidente paraguaio Raúl Cubas.
Segundo a argumentação de Choquehuanca, há normas internacionais sobre o merecimento de asilo e o Brasil deve avaliar a documentação e os pedidos na Bolívia para que Pinto não obtenha o benefício.
EVO MORALES
O presidente boliviano, Evo Morales, disse na quarta-feira que seria um equívoco se o Brasil confirmasse o asilo. Um dia antes, o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, considerou a decisão como insensata porque, segundo ele, Pinto deve ser julgado por homicídio e desvio de dinheiro, entre outras acusações.
Senador pelo departamento de Pando, Pinto se queixou que enfrenta "mais de 20 processos penais", todos abertos por autoridades oficiais --"e cada um mais absurdo que o outro".
Setores da oposição e organismos de direitos humanos acusam Morales de manipular a maioria dos juízes e promotores, o que impede julgamentos justos e imparciais e levou dezenas de políticos e empresários a buscarem asilo ou refúgio no Brasil, Estados Unidos, Espanha, Paraguai e Peru.
Morales, por sua vez, alega que "não há perseguição política" na Bolívia, mas "criminosos políticos", e argumenta que "quem quer fugir para outro país sabe que cometeu crimes".
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