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Presidente do Banco Mundial rejeita envolvimento na crise da Grécia
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DA REUTERS, EM WASHINGTON
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O presidente do Banco Mundial (Bird), Robert Zoellick, rejeitou nesta quinta-feira sugestões para que a instituição se envolva na resolução da crise da dívida da Grécia, afirmando que os recursos limitados do banco eram melhor utilizados para ajudar países em desenvolvimento.
Especialistas em desenvolvimento e alguns analistas têm dito com frequência que a experiência do Banco Mundial na resolução de problemas estruturais em nações em desenvolvimento, como o fortalecimento de suas capacidades institucionais, seria útil na Grécia.
Zoellick afirmou que o banco global está ajudando países no centro e leste da Europa afetados pelas repercussões financeiras da crise da zona do euro e que se afastou do envolvimento na Grécia.
"No caso da Grécia, minha visão é de que tentamos manter um pequeno distanciamento disso", completou Zoellick ao Instituto Peterson para Economia Internacional.
CRISE
A incerteza política na Grécia e a divulgação de novos indicadores mostram que a crise econômica no país ainda não tem uma solução próxima.
Nesta quinta, o país divulgou a taxa de desemprego, que chegou a 22,6% no último trimestre, em aumento em relação aos 20,7% do trimestre anterior, informou nesta quinta-feira a Elstal (escritório de estatísticas do país).
Trata-se da taxa de desemprego mais elevada desde o início da série histórica, em 1998, e está bem acima do nível de 15,9% registrado no início do ano passado.
Com esse dado, o nível de desemprego na Grécia torna-se o mais elevado da União Europeia, somente abaixo da Espanha, onde a taxa encosta em 25%.
RECESSÃO
A economia grega já está em seu quinto ano consecutivo de recessão.
O Banco da Grécia (o banco central desse país) prevê uma contração do PIB (Produto Interno Bruto) de 4,5%, após uma queda de 6,9% em 2011. E as autoridades europeias acreditam que o país somente deve retomar a trajetória de crescimento a partir de 2014.
A Grécia, primeiro país da zona do euro que sucumbiu à crise da dívida, se beneficiou de programas de resgate concedidos pela União Europeia, Banco Central Europeu e FMI por um valor de € 240 bilhões (US$ 300 bilhões), que serão pagos em parcelas até 2015 em troca de drásticos cortes orçamentários e reformas estruturais.
Mas os ajustes, ao invés de devolver a competitividade ao país, asfixiaram a economia, baseada na demanda interna.
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