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14/06/2012 - 18h34

Malvinas não podem ser tratadas como 'Banco Imobiliário', diz Cameron

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DA FRANCE PRESSE, EM LONDRES
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, afirmou nesta quinta-feira que a questão da soberania das ilhas Malvinas não pode ser tratada como se fosse uma partida de "Banco Imobiliário" e rejeitou qualquer negociação sobre o domínio do arquipélago com a Argentina.

Em meio a reivindicação, Argentina inaugura memorial por Malvinas
Reino Unido celebra 30 anos do fim da Guerra das Malvinas
Argentina pede negociação sobre Malvinas em artigo na imprensa britânica

"Quando se trata da soberania das ilhas Falkland (denominação britânica das Malvinas), não haverá absolutamente nenhuma negociação", declarou Cameron, em cerimônia realizada com o governo das ilhas, em lembrança aos 30 anos do fim da guerra entre Londres e Buenos Aires.

"Isso não é um jogo de Banco Imobiliário mundial, com nações que passam territórios entre elas. É sobre os habitantes da ilha determinando seu próprio futuro", completou, lembrando que o arquipélago foram residência dos "kelpers" desde a conquista inglesa, em 1833.

Para Cameron, nesse futuro há "uma sombra". "É a agressão do outro lado da água. Vimos a presidente [da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner] tentar restringir o movimento dos barcos das Falklands, proibir os voos para a Argentina, e hoje, escalando o debate na ONU", disse.

E se dirigindo ao governo de Kirchner, completou. "O Reino Unido não tem intenções agressivas em relação a vocês. As acusações de militarização e de ameaças nucleares são hipérboles e propaganda".

APOIO

Mais cedo, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, publicou uma mensagem dizendo que o apoio de Londres ao arquipélago "não diminuiu nos últimos 30 anos e não diminuirá nos anos que virão".

Segundo ele, a data de hoje "é uma oportunidade para recordar todos aqueles que perderam a vida no conflito e para olhar o futuro".

Cameron também comentou que dez gerações lutaram para garantir um futuro próspero, "apesar das ameaças agressivas do outro lado do mar".

"Da mesma forma como defendemos as Malvinas no passado, vamos defender no futuro", garantiu o premier, referindo-se à reivindicação da Argentina pela soberania do território.

ARGENTINA

A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, aproveitou a lembrança dos 30 anos do fim da Guerra das Malvinas para apresentar outra reclamação contra o Reino Unido no Comitê de Descolonização da ONU (Organização das Nações Unidas).

A país também inaugurou um memorial aos mortos na Guerra das Malvinas, quando completam 30 anos do fim da guerra. A escultura, que reproduz em ferro o contorno do arquipélago, foi instalada na cidade de Pilar, a 50 km da capital Buenos Aires.

O monumento foi instalado em uma área contígua à réplica construída em 1992 do cemitério de Darwin, nas ilhas Malvinas, onde estão enterrados os restos mortais dos soldados argentinos mortos durante o conflito com o Reino Unido.

A Guerra das Malvinas, ocorrida entre 2 de abril e 14 de junho de 1982, foi um conflito armado entre Argentina e Reino Unido pela soberania do arquipélago, atualmente dos britânicos.

Ao menos 649 militares argentinos morreram, 255 britânicos e três civis.

 

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