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04/04/2013 - 10h56

Coreia do Sul diz que Pyongang levou mísseis para o leste do país

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo da Coreia do Sul afirmou nesta quinta-feira que a Coreia do Norte movimentou mísseis de longo alcance para a costa leste do país, um dia após os Estados Unidos anunciarem que vão reforçar a base de Guam, ilha no oceano Pacífico.

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O movimento acontece em meio ao aumento da tensão entre o regime comunista, a Coreia do Sul e os EUA devido ao aumento das sanções da ONU em março por causa do lançamento de um foguete espacial em dezembro e do teste nuclear de fevereiro.

Os norte-coreanos ainda acusam os dois rivais de querer aumentar a tensão militar na região com exercícios militares anuais, que são realizados desde o início de março. Com o aumento das ameaças do país comunista, Washington enviou bombardeiros e reforçou sua defesa antimísseis no período de treinamento.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Kwan-jin, disse não saber quais as razões por trás do movimento norte-coreano, mas as principais hipóteses são a de um teste ou de treinamento. Ele descartou que os mísseis sejam do modelo KN-08, que podem atingir a costa oeste dos Estados Unidos.

Em reunião no Parlamento, o ministro afirmou que os armamentos são de longo alcance e deu a entender que são do modelo Musudan, capaz de chegar a 3.000 km. Desse modo, Japão e Coreia do Sul seriam potenciais alvos, assim como algumas bases militares americanas no Pacífico.

No entanto, o foguete não poderia atingir Guam, para onde os Estados Unidos enviaram na quarta (3) uma bateria de mísseis de longo alcance. O poder de fogo dos norte-coreanos é desconhecido, mas analistas desconfiam de que o regime de Kim Jong-un seja capaz de atacar seus inimigos.

Segundo especialistas militares ouvidos pela agência de notícias Associated Press, a Coreia do Norte poderia causar estragos na Coreia do Sul e no Japão, mas não tem provas de que pode chegar a atacar Guam ou o Havaí. Outros dizem que os equipamentos são obsoletos e que não chegariam nem à Coreia do Sul.

Kim Kwan-jin afirmou que, apesar da retórica belicista, os militares sul-coreanos ainda não viram nenhum movimento considerável das tropas na região da zona desmilitarizada que separa os dois países, em armistício desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953).

PREOCUPAÇÃO

Durante a madrugada, o Instituto Estados Unidos-Coreia divulgou imagens de satélite que mostram obras na usina nuclear de Yongbyon, que a Coreia do Norte afirmou querer reativar para produzir barras de plutônio, material para bombas atômicas.

O regime de Kim Jong-un ainda impediu pelo segundo dia seguido o acesso dos sul-coreanos ao complexo industrial conjunto de Kaesong, a 10 km da zona desmilitarizada. O país comunista ainda ameaçou retirar todos os seus 53 mil operários das fábricas.

Os novos movimentos da tensão militar na Península Coreana causaram preocupação de diversos países e organizações. O secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon, se mostrou decepcionado e preocupado com as restrições feitas aos sul-coreanos no complexo de Kaesong e pediu o fim da medida.

Já a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, condenou a volta das atividades da usina de Yongbyon e lembrou que, caso o regime comunista o faça, voltará a violar resoluções da ONU que submetem o país a sanções econômicas e políticas.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia voltou a pedir a retomada das negociações de paz entre os norte-coreanos e as potências internacionais. Para Moscou, a negação de Pyongyang às sanções da ONU é "inaceitável e limita radicalmente as chances de negociações sobre o programa nuclear".

 

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