Assad condena ataque americano como 'irresponsável e imprudente'

DA ASSOCIATED PRESS

O gabinete do ditador sírio Bashar al-Assad reagiu ao ataque promovido pelos EUA na noite de quinta-feira (6) como um "comportamento irresponsável e imprudente".

O regime sírio também negou "categoricamente" que tenha realizado o ataque químico em Khan Sheikhun, cidade síria controlada por opositores do ditador Bashar al-Assad.

O governo americano lançou 59 mísseis sobre a Síria na noite de quinta em retaliação ao ataque químico que matou pelo menos 80 pessoas, na última terça (4) em uma cidade dominada por rebeldes opositores ao regime do ditador Bashar al-Assad.

A agência estatal síria Sana informou que nove civis morreram, incluindo quatro crianças. Outras sete pessoas ficaram feridas, segundo o comunicado. O governador de Homs, onde fica a base alvo, falou em sete mortos.

Segundo o Pentágono, 59 mísseis Tomahawk foram lançados de dois navios de guerra americanos no mar Mediterrâneo e atingiram a base aérea de Al Shayrat, em Homs, destruindo caças sírios, munição, radares e outros equipamentos militares. A ação durou entre três e quatro minutos.

A Rússia disse que apenas 23 dos 59 mísseis dos EUA atingiram a base síria. Os militares russos disseram ainda que seis jatos foram destruídos na base e que a pista está intacta. Moscou afirma que as defesas antiaéreas do Exército da Síria devem ser reforçadas.

Aliado do regime de Bashar al-Assad, o governo de Vladimir Putin condenou o ataque e disse que ele foi baseado em "pretextos inventados". O Irã também condenou a ação.

REAÇÕES

O presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, divulgaram pela manhã desta sexta-feira (7) um comunicado conjunto responsabilizando o regime de Bashar al-Assad pela crise.

"Assad tem total responsabilidade por esses acontecimentos. Seu uso contínuo de armas químicas e seus crimes em massa não podem permanecer sem punição", diz o texto.

O secretário de Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, afirmou que o Reino Unido não planeja ações na Síria, mas que apoia o ataque americano.

"Nós não estamos comprometidos com uma ação militar na Síria. Nosso parlamento considerou isso em 2013 e rejeitou", disse Fallon. Em 2013, logo após o ataque químico em Ghouta, Trump chegou a criticar o então presidente Obama sobre a intenção de bombardear a Síria. "O que ganharemos senão mais dívida e um possível conflito de longo prazo? Obama precisa de aprovação do Congresso", tuitou.

Além dos britânicos, franceses e alemães, os governos da Turquia, Austrália, Nova Zelândia, Israel, Arábia Saudita e Japão declararam apoio aos EUA.

Crédito: ATAQUE À SÍRIAO míssel Tomahawk

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