Cerca de 10 mil ciclistas protestaram pelados em Portland, no estado americano do Oregon, contra a vulnerabilidade dos ciclistas no trânsito e a dependência de combustíveis fósseis. O evento, que aconteceu no último sábado (23), faz parte do Pedalada Pelada Mundial, movimento criado em Vancouver, no Canadá, em 2004.
“Tire o que puder” era o slogan. E foi o que aconteceu. Jovens, idosos, gordos, magros, musculosos, turistas, locais, heteros, gays e crianças usaram seus corpos para chamar a atenção, num clima de paz e integração. “A sua aparência não importa. Independentemente do seu tamanho, forma, tipo ou cor, você é amado”, diz Jenelle Prentice.
O ponto de encontro da pedalada foi no parque Catedral, localizado embaixo da ponte gótica de St. John, às margens do rio Willamette, o principal da cidade. O sol e o calor facilitaram a vida dos ativistas desnudos, acostumados ao frio e chuva típicos do Oregon.
O casal de aposentados Albert e Heather Payne aproveitava o verão sem qualquer pudor. “Estamos aqui porque gostamos mesmo é de ficar pelados. A bike é só uma desculpa”, afirma Heather.
A organização não divulga o trajeto do passeio, apenas o ponto de partida. “Isso evita o voyeurismo desnecessário”, diz Jeniffer Tunay, uma dos 200 voluntários que trabalhavam no evento. A polícia local dava todo o apoio. “Apesar de violarem a lei da cidade [expor a genitália em público], a polícia será conivente”, alertava a corporação em suas redes sociais. Nenhum incidente foi registrado.
O Naked Bike Ride acontece em mais de 70 cidades, espalhadas em 35 países. Portland recebe o maior número de participantes —10 mil, segundo os organizadores. No Brasil, a Pedalada Pelada acontece desde 2008, em cidades como São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Florianópolis e Recife.
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