O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (31) que só poderá comprar gasolina com preço subsidiado no país quem levar seu veículo a um censo de transporte e tenham a chamada Carteira da Pátria.
Desde o ano passado, o regime vem exigindo o documento para a compra de alimentos subsidiados e remédios e benefícios sociais, motivo pelo qual é comparado pela oposição com a caderneta de racionamento de Cuba.
“O objetivo é integrar e proteger todas as pessoas que tenham um veículo automotor”, disse Maduro, que pediu a seus ministros que continuem a trabalhar no seu plano de recuperação econômica.
“Precisamos recuperar a economia, vencer a inflação, a especulação, procurar o caminho integrado da economia, recuperar a capacidade aquisitiva, a estabilidade e instalar um novo sistema de preços.”
As autoridades convocaram para um novo registro de veículos no país, que deve começar nesta quarta (1º) e ir até o fim de semana, depois que anunciaram a mudança da política de preço da gasolina, a mais barata do mundo.
A versão comum do combustível custa hoje 6 bolívares o litro (R$ 0,00001), incapazes de serem cobrados com a nova moeda do país, o bolívar soberano, que sofrerá um corte de cinco zeros em relação ao bolívar forte.
Com o anúncio do corte de zeros na semana passada por Maduro, economistas e opositores afirmaram que subirão todos os preços hoje subsidiados e que seriam impossíveis de cobrar, como a telefonia e a energia elétrica.
Nesta terça, a região de Caracas sofreu com um apagão de seis horas. Segundo as autoridades, a falta de luz se deveu a uma falha na rede de transmissão em uma área de floresta, que Maduro atribuiu a uma sabotagem.
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