A embaixadora dos EUAs na ONU, Nikki Haley, defendeu nesta quarta-feira (8) uma condenação regional mais enérgica contra o governo do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, após visitar imigrantes venezuelanos em abrigos na vizinha Colômbia.
"Realmente temos de questionar por quanto tempo isso vai ser sustentável", afirmou Haley, que esteve na Colômbia para a posse de Iván Duque como presidente, na terça-feira (7).
"O regime Maduro está fazendo isso com o povo venezuelano", disse ela na ponte Simón Bolívar, cruzada por 2.500 venezuelanos diariamente. "Este é o povo dele, essas pessoas deviam estar sendo alimentadas, deviam estar recebendo remédios e tendo certeza de terem uma boa qualidade de vida. Mas em vez disso, ele [Maduro] está se protegendo."
"Em algum momento teremos de lidar com Maduro", afirmou Haley, sem mencionar uma intervenção americana.
"Chegou a hora de os países da região que sofrem com a imigração condenarem Maduro e dizerem para ele partir", disse ela. "Quando uma região se cala sobre o que faz um dos seus, então a comunidade internacional não se intromete (...), quando condenam, a comunidade internacional escuta."
A embaixadora aproveitou sua visita ao posto fronteiriço de Cúcuta para anunciar uma nova doação à Colômbia, de US$ 9 milhões (R$ 34 milhões), para aliviar a situação dos imigrantes venezuelanos. Os EUA já haviam doado US$ 60 milhões (R$ 226 milhões) ao governo colombiano.
Mais de um milhão de pessoas entrou na Colômbia a partir da Venezuela nos últimos 16 meses, a maioria com a intenção de permanecer no país, segundo as autoridades.
Sobre o suposto atentado contra Maduro ocorrido no último sábado, em Caracas, Haley insinuou que tenha sido "um caos" fabricado pelo ditador .
Maduro culpou a Colômbia e inimigos externos pelo suposto ataque com drones.
O governo venezuelano não comentou as declarações da embaixadora.
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