O presidente Jair Bolsonaro culpou nesta segunda-feira (21) a esquerda da América do Sul pela escalada da crise política no Chile, que já deixou ao menos 11 mortos.
Segundo ele, o problema no país vizinho começou com o fim da ditadura de Augusto Pinochet, nos anos de 1990, e com a ascensão ao poder de políticos de esquerda.
“O problema do Chile nasceu em 1990, é que ninguém dá valor para isso”, disse. “São os países que se autoajudam para chegar ao poder”, ressaltou.
O presidente indicou ainda que tem havido um movimento de siglas de esquerda para desestabilizar os governos de Peru, Equador e Chile.
“Na Argentina, está tranquilo, porque a tendência é elevar o pessoal da [ex-presidente] Cristina Kirchner'', disse, em referência à candidata peronista a vice-presidente.
A onda de manifestações e confrontos no Chile, que começou na capital Santiago, se espalhou por diversas partes do país, mesmo após o presidente Sebastián Piñera ter cancelado o aumento nas tarifas de metrô, estopim para a crise atual.
A decisão não foi suficiente para acalmar os manifestantes, que tomaram as ruas da capital e de outras cidades importantes, incluindo Valparaíso e Concepción —todas sob toque de recolher.
Bolsonaro chegou nesta segunda-feira (21) ao Japão, onde ficará durante três dias.
Além da cerimônia de ascensão do imperador Naruhito, na terça-feira (22), ele terá reuniões bilaterais com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e encontros com empresários brasileiros e japoneses.
Além do Japão, o presidente visita a China, a Arábia Saudita, os Emirados Árabes e o Qatar. Nos demais países, o foco será melhorar a relação comercial com as nações asiáticas e aumentar o comércio de de proteína animal.
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