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Yang Wanming

Desde o início, China fomenta parceria com Brasil no enfrentamento da pandemia

Com solidariedade e cooperação, comunidade internacional deve repudiar qualquer tentativa de politizar ou estigmatizar o coronavírus

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Yang Wanming

Embaixador da China no Brasil

A pandemia de coronavírus já perdura por mais de um ano, com sucessivas ondas epidemiológicas e o surgimento de várias mutações, impondo à comunidade internacional novos desafios no enfrentamento da crise sanitária e na recuperação econômica.

Diante dessa situação complexa e crítica, foi realizada, dias atrás, a Cúpula Global de Saúde, uma conferência multilateral de alto nível sobre saúde pública mundial.

Em discurso feito na ocasião, com o título “Unidos na construção de uma comunidade global de saúde”, o presidente chinês, Xi Jinping, apresentou a proposta da China para promover a solidariedade internacional no combate à pandemia e anunciou cinco medidas para apoiar essa campanha, apontando caminhos concretos para superar, o quanto antes, a crise sanitária global.

Funcionários de aeroporto de Adis Abeba desembarcam vacinas da farmacêutica Sinopharm doadas pelo governo chinês para a Etiópia
Funcionários de aeroporto de Adis Abeba desembarcam vacinas da farmacêutica Sinopharm doadas pelo governo chinês para a Etiópia - Michael Tewelde - 30.mar.21/Xinhua

Em primeiro lugar, devemos priorizar as pessoas e a vida. O presidente Xi assinalou que, para derrotar completamente o vírus, é essencial colocar a vida e a saúde em primeiro lugar e respeitar verdadeiramente o valor e a dignidade de cada vida humana. Precisamos defender o espírito científico e adotar uma abordagem bem fundamentada, para que haja coordenação entre as medidas de contenção e a retomada do desenvolvimento socioeconômico. Com solidariedade e cooperação, a comunidade internacional deve repudiar qualquer tentativa de politizar, rotular ou estigmatizar essa doença.

Em segundo lugar, devemos honrar o compromisso de distribuir as vacinas de forma justa e equitativa. No ano passado, o presidente Xi tomou a iniciativa de propor que as vacinas chinesas se tornassem um bem público global, como forma de colaborar para a disponibilidade e o preço acessível do imunizante nos países em desenvolvimento.

Fiel às suas palavras, a China já disponibilizou 300 milhões de doses de vacinas para o mundo, sendo o país que mais forneceu o imunizante, principalmente às nações em desenvolvimento.

A segurança e a eficácia das vacinas chinesas são amplamente reconhecidas. A vacina da Sinopharm foi aprovada pela OMS para uso emergencial, enquanto a Coronavac está em vias de homologação. Além disso, a China aderiu ao programa Covax e se comprometeu a contribuir com 10 milhões de doses.

China, Terra do Meio

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As ações concretas da China constituem um nítido contraste com o “nacionalismo de vacinas” praticado por alguns países e evidenciam o espírito de solidariedade e responsabilidade da China com a comunidade internacional em momentos difíceis.

Por fim, foram anunciadas novas medidas para fortalecer a solidariedade na resposta mundial à pandemia. O presidente Xi comunicou formalmente que a China fornecerá US$ 3 bilhões adicionais em ajuda internacional nos próximos três anos para apoiar o combate à Covid-19 e a recuperação econômica e social nos países em desenvolvimento. O país fará todo o possível para disponibilizar mais vacinas ao mundo e apoiará seus laboratórios na transferência de tecnologias para outros países em desenvolvimento e na produção conjunta com esses parceiros.

Depois de anunciar apoio à isenção de proteção de propriedade intelectual sobre as vacinas contra a Covid-19, a China também trabalha para que a OMC e outras instituições internacionais possam decidir o quanto antes sobre esse tema. Propõe ainda a criação de um fórum internacional sobre cooperação em vacinas, no qual países que desenvolvem e produzem vacinas, empresas e outras partes interessadas possam discutir meios de promover a distribuição justa e equitativa de imunizantes no mundo inteiro.

Desde o início da pandemia, a China vem fomentando, com espírito humanitário, a parceria com o Brasil no enfrentamento conjunto da crise, levando em consideração a amizade entre nossos povos e a importância do nosso relacionamento bilateral.

O lado chinês doou ao Brasil cerca de R$ 60 milhões em materiais de saúde e auxiliou os brasileiros na compra de 1.200 toneladas de insumos e equipamentos na China. Mais de 20 videoconferências foram realizadas entre as duas partes. Além disso, a China foi o primeiro país a desenvolver uma parceria com o Brasil em matéria de vacinas. Empresas chinesas são responsáveis pela entrega de 90% dos imunizantes e dos insumos disponíveis no Brasil, o que viabilizou a vacinação de 60% dos grupos prioritários, um trabalho fundamental para salvar mais vidas.

Mais do que nunca, a crise sanitária evidencia que a humanidade compartilha o mesmo futuro e está interligada em momentos tanto venturosos como trágicos. Para a China, o Brasil continuará sendo nosso parceiro prioritário. Com união e parceria, vamos trabalhar lado a lado e em sintonia com outros países para defender uma comunidade de saúde para toda a humanidade, superar as dificuldades momentâneas e construir um futuro mais promissor para a saúde humana.

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