"A vitória do Taleban contra o imperialismo é a vitória de todo o povo oprimido." Assim o Partido da Causa Operária (PCO) comemorou, no Brasil, a tomada do poder pelo grupo fundamentalista no Afeganistão.
"Ao bater em retirada, o imperialismo estadunidense revela a crise em que se encontra. Sem sombra de dúvida, o avanço do Taleban representa uma enorme vitória sobre os piores inimigos dos oprimidos de todo o planeta. Pelo fim das ocupações imperialistas!", afirma o post da sigla no Twitter.
Muito criticado inclusive pelo campo progressista por esses e outros posicionamentos —como a defesa do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), preso no âmbito da investigação sobre suposta organização criminosa digital voltada a atacar as instituições para abalar a democracia—, o partido de ultraesquerda se defendeu das acusações de que está apoiando um grupo que oprime mulheres, gays e outros cidadãos afegãos.
"Direita e extrema direita (são irmãos) vieram aqui defender as mulheres e os gays... do Afeganistão depois de colocarem Bolsonaro no governo no Brasil. E trouxeram uns piolhos esquerdistas. Meu Twitter está infestado de parasitas...", escreveu o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta.
Apesar de criticar o Taleban, o jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi, também comemorou a vitória do grupo no Afeganistão por ser uma derrota para os Estados Unidos .
"Toda derrota do imperialismo estadunidense é bem-vinda, pois o enfraquece em termos mundiais. Mesmo quando os vitoriosos são uma fração reacionária como os talebans. Até porque esse grupo somente veio a surgir e ter força com a operação antissoviética dos EUA no Afeganistão", escreveu.
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