Descrição de chapéu oriente médio

Morre emir dos Emirados Árabes Unidos aos 73 anos

Xeque Khalifa raramente era visto em público desde 2014, quando sofreu derrame cerebral

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Dubai | Reuters

O emir dos Emirados Árabes Unidos (EAU), xeque Khalifa bin Zayed al Nahyan, morreu aos 73 anos, informou a agência de notícias estatal WAM nesta sexta-feira (13). A causa da morte não foi detalhada.

O Ministério dos Assuntos Presidenciais anunciou luto oficial por 40 dias, e o trabalho também será suspenso em ministérios, instituições federais e no setor privado por três dias.

O emir dos Emirados Árabes Unidos, Khalifa bin Zayed al Nahayan, em Londres, no Reino Unido - Andrew Winning - 1.mai.13/Reuters

De acordo com a Constituição local, o premiê dos EAU, xeque Mohammed bin Rashid al-Maktoum, de Dubai, atuará como emir até que um conselho que agrupa os líderes dos sete emirados se reúna, dentro de 30 dias, para eleger o novo governante.

Khalifa nasceu em 1948 e chegou ao poder em 2004. Sua administração foi marcada por uma modernização do Estado e uma maior aproximação com os Estados Unidos. Espera-se que ele seja substituído como líder de Abu Dhabi por seu meio-irmão, Mohammed bin Zayed al-Nahyan, conhecido como MbZ, que já tem sido o governante de fato desde que Khalifa sofreu um derrame cerebral, em 2014, e se afastou da vida pública.

No Twitter, MbZ lamentou a morte de Khalifa, a quem chamou de mentor e professor. "Os Emirados Árabes Unidos perderam um filho justo e seu líder durante a 'fase de empoderamento'", escreveu ele. Sob seu comando os EAU promoveram um realinhamento de forças no Oriente Médio, com a construção de laços com Israel e a consolidação de um grupo anti-Irã.

A WAM noticiou que o funeral e o enterro de Khalifa foram realizados já nesta sexta. Condolências foram enviadas pelo presidente americano, Joe Biden, e pelo premiê israelense, Naftali Bennett. O chanceler iraniano, Hossein Amirabdollahian, também enviou uma mensagem de pesar, apesar das tensões entre os dois países.

O governo brasileiro lamentou a morte, em uma nota em que chamou Khalifa de estadista e destacou que "sob sua condução desenvolveram-se as relações do Brasil com os EAU, que têm hoje o status de parceria estratégica". O presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve em Dubai em novembro, decretou luto oficial de três dias.

Abu Dhabi, que detém a maior parte da riqueza petrolífera da região, ocupa a liderança dos Emirados Árabes Unidos desde a fundação da federação pelo pai de Khalifa, Zayed bin Sultan al-Nahyan, em 1971.

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