Neste domingo (27), a filha do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, apareceu em público pela segunda vez ao lado do pai, em fotos publicadas pelo jornal oficial Rodong Sinmun.
A menina, sobre a qual pouco se sabe, teve suas imagens divulgadas pela imprensa norte-coreana pela primeira vez no dia 18, quando acompanhou Kim no lançamento de um míssil intercontinental. Nas fotos, ela aparece de casaco branco, supervisionando a arma e o lançamento e depois celebrando o resultado.
Nesta segunda cerimônia ao lado da filha, o ditador promoveu mais de cem funcionários e cientistas pelo trabalho no Hwasong-17, que analistas chamam de "míssil monstro", arma que, acredita-se, pode atingir o território continental dos EUA.
"O objetivo final da Coreia do Norte é possuir a força estratégica mais poderosa do mundo, a força absoluta sem precedentes no século", disse Kim no evento, acrescentando que a construção de suas capacidades nucleares protegeria a soberania do Estado e do povo.
Kim também descreveu o Hwasong-17 como a "arma estratégica mais forte do mundo", afirmou que os cientistas norte-coreanos deram um "salto maravilhoso no desenvolvimento da tecnologia de montagem de ogivas nucleares em mísseis balísticos" e acrescentou que espera expandir e fortalecer as capacidades de dissuasão nuclear do país em um ritmo extraordinariamente rápido.
A existência de filhos de Kim nunca havia sido mencionada oficialmente pelo regime, e a publicação de fotos da jovem foi a primeira confirmação oficial de que ele tem ao menos uma filha, segundo analistas.
Acredita-se que o ditador seja pai de três crianças —duas meninas e um menino. Observadores dizem que um deles já foi visto em celebrações de um feriado nacional em setembro, mas a identidade não foi confirmada pelo regime.
Em 2013, o ex-jogador de basquete americano Dennis Rodman disse que Kim tinha uma filha ainda bebê chamada Ju-ae. Depois de visitar o país, o atleta contou ao jornal britânico The Guardian que ele se encontrou com a família do ditador e segurou a criança no colo.
A ditadura nunca anunciou quem seria o sucessor de Kim no caso de ele não poder continuar à frente do regime. Com poucos detalhes conhecidos sobre sua prole, analistas especulam que sua irmã e autoridades de confiança poderiam formar uma espécie de regência até que um sucessor tenha a idade para assumir.
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