Descrição de chapéu União Europeia África

França apreende 4,6 toneladas de cocaína em navio brasileiro no Golfo da Guiné

Região é uma das mais perigosas do mundo devido à pirataria e ao banditismo

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Brest (França) | AFP

A Marinha da França apreendeu mais de 4,6 toneladas de cocaína em um navio com bandeira brasileira no Golfo da Guiné, na costa oeste da África. A apreensão, divulgada nesta sexta (2), é avaliada em cerca de € 150 milhões (R$ 822 milhões) e contou com a colaboração de autoridades do Brasil e dos EUA.

A operação foi realizada na quarta (30), quando marinheiros franceses do porta-helicópteros anfíbio Tonnerre descobriram no navio de bandeira brasileira fardos com 4.607 quilos de cocaína.

Navio francês atraca no porto de Abidjan, na Costa do Marfim; missão tem o objetivo de manter ao menos um navio no Golfo da Guiné
Navio francês atraca no porto de Abidjan, na Costa do Marfim; missão tem o objetivo de manter ao menos um navio no Golfo da Guiné - Sia Kambou - 24.jun.22/AFP

"Os produtos apreendidos foram destruídos a bordo antes que a embarcação retornasse para sua base em Toulon", acrescentou em nota o órgão francês, que elogiou a cooperação internacional contra o tráfico.

A operação permitiu coletar amostras e informações, disse à agência AFP Camille Miansoni, promotora da cidade de Brest, especificando que a tripulação foi liberada quando o navio estava na costa do Senegal.

O porta-helicópteros Tonnerre tem uma tripulação de 227 marinheiros, incluindo uma equipe especializada em inspecionar navios no mar e um grupo de combate do Exército. Operações como essa são frequentes na região. Em março, autoridades francesas apreenderam mais de seis toneladas de cocaína a bordo do navio Najlan, com bandeira de São Cristovão e Névis, que havia saído do Rio de Janeiro dias antes.

Todos os dias mais de 4.000 navios transitam no Golfo da Guiné. A região é considerada uma das mais perigosas do mundo devido à pirataria, e sua travessia é vista como arriscada por marinheiros.

A França tem navios na região desde 1990. Ao menos oficialmente, sua presença tem o objetivo de contribuir para a segurança do golfo e, assim, dos cerca de 80 mil franceses que moram em países da África Ocidental e Central.

Com RFI

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