Descrição de chapéu Guerra da Ucrânia Rússia

Rússia liberta ex-militar americano que estava preso havia nove meses

Veterano da Marinha dos EUA, Taylor Dudley foi detido em Kaliningrado, em circunstâncias não explicadas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Washington | AFP e Reuters

A Rússia libertou nesta quinta-feira (12) Taylor Dudley, 35, veterano da Marinha dos Estados Unidos que estava preso desde abril do ano passado em um posto de Kaliningrado. A informação foi anunciada por Bill Richardson, ex-embaixador americano na ONU.

Segundo o advogado Jonathan Franks, que representa famílias de americanos presos no exterior, Dudley viajava como turista pela Europa e estava na Polônia para um festival de música quando cruzou a fronteira e entrou em Kaliningrado.

O exclave russo, espremido entre Polônia e Lituânia, é o quartel-general no mar Báltico da Marinha do país de Vladimir Putin.

Taylor Dudley, ex-militar americano liberado pela Rússia
Taylor Dudley, ex-militar americano liberado pela Rússia - Divulgação

As condições em que Dudley permaneceu em Kaliningrado não são claras, e seu caso não havia sido divulgado anteriormente. O Departamento de Estado dos EUA, responsável pela diplomacia de Washington, disse estar ciente da deportação de um cidadão americano da Rússia, mas um porta-voz não fez mais comentários sobre o caso, por supostas questões de privacidade.

No início de dezembro, a jogadora de basquete americana Brittney Griner foi libertada por Moscou em troca do russo Viktor Bout, que estava detido nos EUA. Griner havia sido presa em fevereiro, sob a acusação de posse de haxixe; Bout fora condenado por tráfico de armas.

Também ex-governador do Novo México, Richardson tem auxiliado em operações de libertação de americanos detidos no exterior. Ele conheceu Dudley na fronteira e trabalhou no caso por meses, afirmou o advogado Franks em comunicado do Richardson Center.

"As negociações e o trabalho para garantir o retorno seguro de Taylor foram feitos discretamente, com a participação de Moscou e Kaliningrado e o total apoio da família dele nos EUA", afirmou a organização.

Um representante da embaixada dos EUA em Varsóvia também estava presente na libertação de Dudley, de acordo com Franks. O Richardson Center agradeceu às autoridades americanas e ao empresário Steve Menzies por ajudar a garantir o retorno de Dudley.

O ex-militar americano Paul Whelan, detido na Rússia em 2018 e sentenciado a 16 anos de prisão acusado de espionagem, continua preso —ele nega as acusações. "Enquanto comemoramos o retorno de Taylor, continuamos muito preocupados com o destino de Paul Whelan e comprometidos a trabalhar por sua volta", afirmou Richardson.

Em dezembro, depois da libertação de Griner, o presidente americano Joe Biden prometeu nunca abandonar os esforços para conseguir o retorno do ex-militar. "Infelizmente, Moscou está tratando o caso de Paul de forma diferente do de Brittney", disse à época.

Depois de voltar aos EUA, a atleta pediu a seus apoiadores para escrever mensagens de apoio a Whelan. "Suas cartas me ajudaram a não perder a esperança quando eu estava cheia de arrependimentos e vulnerabilidade, de um jeito que nunca tinha imaginado", afirmou a medalhista olímpica.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.