Um incêndio ocorrido em um hospital de Pequim nesta terça-feira (18) deixou ao menos 29 mortos, em um dos incidentes mais mortais da capital chinesa em pelo menos duas décadas. Dezenas de pessoas ficaram feridas.

De acordo com o Beijing Daily, jornal oficial do Partido Comunista, o fogo teve início às 12h57, no horário local (23h57 de segunda, em Brasília), e foi controlado às 13h33, após a chegada de socorristas ao hospital, chamado Changfeng e localizado em Fengtai, no oeste de Pequim.

Dos 29 mortos, ao menos 26 eram pacientes, disseram autoridades em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (19). Ao total, 71 pessoas foram retiradas do local.

As verificações iniciais mostraram que o incêndio, que afetou principalmente uma ala para pacientes graves, foi causado por material de pintura inflamável em uma enfermaria em reforma, disseram as autoridades.

De acordo com o jornal honconguês South China Morning Post, vídeos que circulam nas redes sociais mostram pessoas sentadas em unidades de ar condicionado no exterior do prédio tentando fugir da fumaça, enquanto outras improvisam cordas com lençóis para escapar.

Cena semelhante foi descrita por um usuário da rede social Weibo. "É trágico", relatou ele, que afirmou ver o hospital de sua janela. "Muitos se equilibram em caixas de ar condicionado, e alguns até pularam."

Na quarta-feira, muitas postagens de mídia social críticas sobre o incêndio no WeChat foram censuradas ou excluídas, mostraram verificações da Reuters.

No início da quarta-feira, 39 feridos ainda estavam no hospital, três em estado crítico e 18 em estado grave, disseram as autoridades.