Incêndio florestal em Tenerife força retirada de 12 mil pessoas

Chamas se iniciaram na terça-feira, mas se alastraram nas últimas 24 horas

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Tenerife | AFP e Reuters

Mais de 12 mil pessoas tiveram de ser retiradas de suas casas devido ao avanço descontrolado de um incêndio florestal na turística ilha espanhola de Tenerife, informaram neste domingo (20) os serviços de Segurança e Emergência do país. A região, na costa noroeste da África, é a maior das ilhas Canárias.

Na noite de sexta (18), autoridades espanholas afirmaram que 4.500 pessoas tinham sido retiradas desde o início do incêndio, na noite de terça (15). Neste sábado, as chamas continuaram a se alastrar devido aos fortes ventos e às temperaturas acima do esperado, obrigando o esvaziamento de mais áreas da região.

Incêndio florestal em colinas acima de casas do vale de Guimar, nas ilhas Canárias de Tenerife, na Espanha
Incêndio florestal em colinas acima de casas do vale de Guimar, nas ilhas Canárias de Tenerife, na Espanha - Desiree Martin/AFP

No sábado, autoridades haviam dito que 26 mil pessoas tinham sido retiradas. A cifra, porém, foi corrigida no domingo (20), sendo reduzida para os 12 mil. O incêndio começou em um parque nacional montanhoso ao redor do vulcão Monte Teide –o pico mais alto da Espanha–, em meio a um clima quente e seco.

Cerca de 5.000 hectares foram queimados até agora em um perímetro de 50 quilômetros, afetando 11 cidades. O incêndio atingiu uma escala nunca antes vista nas Canárias, disse a repórteres a presidente do Conselho de Tenerife. Pedro Martínez, chefe do serviço de emergência da ilha, disse que o perímetro do incêndio cresceu muito durante a noite e que, na zona norte de Santa Úrsula, as chamas continuaram a avançar. "São barrancos muito profundos onde não conseguimos penetrar com meios terrestres e onde os esforços aéreos não têm conseguido jogar água devido à acumulação de fumaça", disse.

Chamas ferozes iluminaram o céu durante a noite e, no sábado, helicópteros foram vistos jogando água em áreas próximas a casas onde a fumaça subia. Montse Román, diretor técnico de emergências, disse que as autoridades ainda apuram o número de pessoas afetadas, mas alertou para novas retiradas caso o incêndio avance. As pessoas que deixaram suas casas estão sendo encaminhadas para abrigos públicos.

Em La Victoria, no noroeste da ilha, algumas precisaram de ajuda médica. "Na noite anterior à nossa chegada, passamos muito mal. Tudo estava queimando, os telhados estavam cheios de cinzas", disse Paulina Fernandez, 58, à agência de notícias Reuters. Animais são a principal preocupação de muitos, já que, em alguns casos, as pessoas foram forçadas a deixá-los em casa, enquanto outras conseguiram conduzir seus cavalos para um local seguro. Até o momento, as áreas turísticas da ilha não foram afetadas, e seus dois aeroportos estão operando normalmente.

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