Descrição de chapéu guerra israel-hamas

Israel divulga imagens de bebês assassinados pelo Hamas

Governo usa canais oficiais em estratégia de expor massacres à comunidade internacional

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São Paulo

O Ministério das Relações Exteriores de Israel divulgou fotografias de bebês que foram mortos em um kibutz durante o ataque do Hamas no sábado passado (7), no que parece ser uma estratégia de Tel Aviv de expor à comunidade internacional esses massacres em canais oficiais.

Parede de quarto de criança em Israel com marcas de sangue nas paredes
Parede de quarto de criança em Israel com marcas de sangue nas paredes - Ministério das Relações Exteriores de Israel

"Debatemos se deveríamos ou não compartilhar estas imagens horríveis, mas o mundo precisa saber o que estamos enfrentando", diz outro texto publicado pela pasta que acompanha um vídeo em que são vistas pessoas carbonizadas dentro de um automóvel. As imagens foram publicadas na conta no X (antigo Twitter) do Ministério das Relações Exteriores do país nesta quinta-feira (12).

No caso das crianças, o governo de Israel divulgou três imagens a jornalistas mostrando bebês degolados e calcinados. As mesmas fotografias foram postadas em canais oficiais do gabinete do primeiro-ministro e da chancelaria.

Segundo postagem no X do Ministério das Relações Exteriores, elas também foram mostradas para o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

Blinken desembarcou em Tel Aviv nesta quinta com objetivo de demonstrar o apoio de Washington a Israel e agir para garantir a libertação de reféns sequestrados pelo grupo terrorista —entre eles estão americanos.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou a afirmar nesta quarta-feira (11) que havia visto fotografias de crianças israelenses decapitadas pelo Hamas. Mais tarde, porém, a Casa Branca recuou e disse que Biden não viu pessoalmente as imagens.

Tel Aviv pretende com a divulgação fazer frente à acusação em redes sociais de que as IDF (Forças de Defesa de Israel, na sigla inglesa) haviam inventado a história de massacres de crianças no sul do país como forma de propaganda para justificar sua retaliação contra o Hamas na Faixa de Gaza.

Essa versão ganhou bastante tração nas redes sociais brasileiras entre os apoiadores da causa palestina, majoritariamente à esquerda, que acusavam grupos pró-Israel, notadamente aqueles ligados ao bolsonarismo, de exagerar a história.

O governo israelense não detalhou, contudo, quantas crianças foram encontradas brutalizadas, nem especificou se as fotos são do kibutz de Kfar Aza, junto a Gaza.

Também nesta quinta o Ministério das Relações Exteriores de Israel publicou imagens de corpos carbonizados dentro de um carro. O local e a data da gravação do vídeo não foram divulgados. Em sua conta oficial no X, a pasta comparou o grupo terrorista Hamas ao Estado Islâmico.

O Exército israelense continuou a bombardear a Faixa de Gaza no sexto dia da Guerra Israel-Hamas, iniciada após ataque surpresa do grupo extremista islâmico por terra, água e ar no fim de semana passado.

Nesta quinta, Israel afirmou que não vai interromper seu cerco ao enclave palestino controlado pelos terroristas até que todos seus reféns sejam libertados.

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