Descrição de chapéu guerra israel-hamas Itamaraty

Chanceler de Israel volta a provocar Lula e diz que 'ninguém vai separar o nosso povo'

Ilustração postada por Israel Katz mostra brasileiros e israelenses unidos, com legenda direcionada ao presidente brasileiro

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São Paulo

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, voltou a provocar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais. Em sua conta no X, nesta sexta (23), o chanceler publicou uma ilustração que mostra brasileiros e israelenses abraçados em meio a bandeiras dos dois países.

"Ninguém vai separar o nosso povo —nem mesmo você, Lula", escreveu Katz na legenda, primeiro publicada em português e, em uma segunda postagem, em hebraico. Em ambas, o chanceler encerrou a postagem com a saudação "Shabbat Shalom!"

A imagem, que parece ter sido gerada com ferramentas de inteligência artificial, tem alguns detalhes que chamam a atenção: os rostos das pessoas ao fundo aparecem deformados, e os braços e as roupas das pessoas que estão de costas e vestidas com roupa do Brasil parecem se fundir em uma coisa só.

Até mesmo as bandeiras dos países não são fidedignas: a do Brasil teve a frase "Ordem e Progresso" substituída por letras aleatórias, e a de Israel contém faixas azuis e brancas extras, além de símbolos que não existem na bandeira oficial.

Desde as falas do presidente Lula comparando a ação de Israel em Gaza ao Holocausto, no último domingo (18), o assunto tem dominado as postagens de Katz na rede social. Inicialmente, o chanceler descreveu o posicionamento do presidente brasileiro como "vergonhoso e sério".

Em seguida, publicou vídeos da reprimenda pública ao embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, e de uma brasileira que sobreviveu ao ataque do Hamas a uma rave no dia 7 de outubro —sempre com versões em hebraico e em português.

Nessas e em outras publicações, o chanceler também cobrou, mais de uma vez, um pedido de desculpas de Lula, sempre marcando a conta oficial do presidente nas postagens. Até mesmo a conta oficial da diplomacia israelense foi usada para chamar Lula de "negacionista do Holocausto". Na terça-feira (20), o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, rebateu a publicação e acusou o governo de Binyamin Netanyahu de se valer de fake news para superar seu isolamento internacional.

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