Folha visita Darién e estreia série de reportagens sobre crise migratória na selva

Textos abordam relação do Brasil com a floresta entre Panamá e Colômbia e os impactos para a comunidade indígena local

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província de darién

Uma nota de rodapé levou a reportagem da Folha à província de Darién, no extremo leste do Panamá, o local de chegada de centenas de milhares de imigrantes que cruzam a perigosa selva de mesmo nome rumo aos Estados Unidos.

Relatórios do Serviço Nacional de Migrações do Panamá analisados em setembro passado continham a observação de que praticamente todos os migrantes brasileiros na travessia eram menores de idade.

O esboço da viagem começou.

Os repórteres Mayara Paixão e Lalo de Almeida passaram seis dias na região, do fim de janeiro ao início de fevereiro. Visitaram a comunidade indígena de Bajo Chiquito, as Estações de Recepção Migratória de Lajas Blancas e San Vicente e o porto de Puerto Limón. São os principais pontos onde estão concentrados os imigrantes que sobrevivem.

Famílias de migrantes venezuelanos se preparam para embarcar em pirágua (canoa) na comunidade indígena de Bajo Chiquito que os levaria pelo rio Tuqueza até a Estação de Recepção Migratória de Lajas Blancas, no Panamá; elas haviam acabado de cruzar a selva de Darién
Famílias de migrantes venezuelanos se preparam para embarcar em pirágua (canoa) na comunidade indígena de Bajo Chiquito que os levaria pelo rio Tuqueza até a Estação de Recepção Migratória de Lajas Blancas, no Panamá; elas haviam acabado de cruzar a selva de Darién - Lalo de Almeida/Folhapress

Em um total de mais de 60 entrevistas, feitas previamente e durante a estada em Darién, a Folha conversou com dezenas de imigrantes, além de membros das comunidades indígenas locais e de organizações humanitárias e autoridades de Estado.

O resultado desse trabalho, em cinco capítulos, começa a ser publicado no site da Folha na noite deste domingo (2) e na versão impressa do jornal nesta segunda-feira (4). "Darién, a selva da morte" retrata o palco da mais grave crise migratória das Américas atualmente.

A estreia do material apresenta a realidade das crianças brasileiras em Darién. A segunda reportagem mergulha nas relações mais amplas do Brasil com a floresta, já que o país se tornou porta de entrada para a migração intercontinental, com a da África e a da Ásia.

O terceiro texto narra as dificuldades econômicas dos imigrantes. Já o quarto analisa as transformações nas comunidades indígenas que têm deixado de lado suas tradições para mergulhar na economia da migração. A série termina com um relato sobre a morte subnotificada na selva.

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