Descrição de chapéu guerra israel-hamas

Bombardeios em Gaza matam ao menos 30 após ataque de drone em Tel Aviv

Ofensiva aérea atinge norte e centro do território palestino, enquanto combates se aprofundam em Rafah, no sul

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Cairo | Reuters

O Exército de Israel bombardeou diversas áreas em toda a Faixa de Gaza neste sábado (20), deixando ao menos 30 mortos, de acordo com autoridades de saúde locais, enquanto tanques avançam mais profundamente sobre o oeste e o norte de Rafah, no sul do território.

Entre os mortos neste sábado estão o jornalista palestino Mohammad Abu Jasser, sua esposa e dois filhos, em um ataque israelense que, segundo um médico da Faixa afirmou à agência Reuters, atingiu a casa deles no norte.

Explosão em ataque aéreo em Nuiserat, no centro da Faixa de Gaza
Explosão em ataque aéreo em Nuiserat, no centro da Faixa de Gaza - Omar Naaman - 20.jul.2024/Reuters

O escritório de imprensa do Hamas em Gaza diz que a morte de Abu Jasser elevou para 161 o número de profissionais de mídia palestinos mortos por disparos israelenses desde 7 de outubro.

Os ataques militares israelenses em toda a Faixa de Gaza mataram 37 palestinos nas últimas 24 horas e destruíram residências. No campo de Nuseirat, no centro da Faixa, um ataque aéreo a um prédio de vários andares deixou diversos feridos, disseram socorristas.

Em Rafah, onde Israel disse que visa desmantelar os últimos batalhões da ala armada do Hamas, os moradores afirmam que os tanques avançam mais profundamente em áreas do norte da cidade e tomaram controle de uma colina a oeste, em meio a intensas batalhas contra o grupo terrorista.

O Exército de Tel Aviv disse que suas tropas continuam com as operações em Rafah, eliminando atiradores ao longo do último dia na área de Tel al-Sultan, no lado oeste da cidade. No centro de Gaza, o Exército disse que realizou incursões na infraestrutura do Hamas.

Os militares israelenses também afirmam ter atingido uma estrutura usada por terroristas em Deir al-Balah, no centro de Gaza. Tel Aviv diz que atiradores operavam em uma área humanitária, e acusou os combatentes palestinos de explorar estruturas civis e a população para fins militares, uma acusação que o Hamas e outros grupos rejeitam e afirmam ser usada para justificar ataques.

As discussões sobre um cessar-fogo mediado pelo Qatar e pelo Egito, com apoio dos EUA, até agora fracassou.

A guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza respingou em Tel Aviv nesta sexta (19), quando um drone de longo alcance atingiu o centro da cidade nas primeiras horas do dia. O ataque, no entanto, não veio do território palestino, mas sim do Iêmen, onde estão os rebeldes houthis.

O grupo, cuja base fica a cerca de 2.000 quilômetros de distância de Israel, reivindicou a ofensiva que matou uma pessoa e feriu levemente outras quatro, de acordo com as Forças Armadas e os serviços de emergência israelenses.

O ataque, que não disparou alarmes em função de erro humano, segundo o Exército de Israel, ocorreu após a confirmação da morte de um comandante de alto escalão do grupo extremista Hezbollah no sul do Líbano.

Israel prometeu erradicar o Hamas depois que integrantes do grupo terrorista mataram 1.200 pessoas e fizeram mais de 250 reféns no dia 7 de outubro, de acordo com contagens israelenses. Pelo menos 38.919 palestinos foram mortos na ofensiva retaliatória de Israel desde então, dizem as autoridades de saúde de Gaza, ligadas ao Hamas.

Na terça-feira (16), Israel disse ter eliminado metade da liderança da ala militar do Hamas e matado ou capturado cerca de 14 mil combatentes desde o início da guerra; 326 soldados israelenses foram mortos em Gaza. O Hamas não divulga números de vítimas e afirma que Israel exagera seus relatórios para dar a impressão de uma "vitória falsa".

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