Chefes de Estado estrangeiros e seus aliados comentaram, neste domingo (21), a decisão do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de não concorrer à reeleição nas eleições de novembro.
O presidente não resistiu à intensa pressão interna do Partido Democrata pela sua saída, que se aprofundou após o desastroso desempenho no debate realizado no fim de junho e não arrefeceu mesmo após várias tentativas de Biden de assegurar apoiadores e eleitores de que tinha condições de derrotar Donald Trump.
Logo após o anúncio formal de Biden nas redes sociais, líderes estrangeiros começaram a repercutir a decisão do presidente dos Estados Unidos, que abdicou da reeleição e deixará a Casa Branca no dia 20 de janeiro, quando o atual mandato chega ao fim.
Olaf Scholz, primeiro-ministro da Alemanha
"O meu amigo Joe Biden conseguiu muito: pelo seu país, pela Europa, pelo mundo. Graças a ele, a cooperação transatlântica é estreita, a Otan é forte e os EUA são um parceiro bom e fiável para nós. Sua decisão de não concorrer novamente merece respeito", publicou Scholz na rede social X.
Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido
"Respeito a decisão do presidente Biden e espero que trabalhemos juntos durante o resto da sua presidência. Sei que, tal como fez ao longo da sua notável carreira, terá tomado a sua decisão com base no que acredita ser melhor para o povo americano", disse no X Starmer, que assumiu o cargo no início de julho.
Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá
"Conheço o presidente Biden há anos. Ele é um grande homem e tudo o que faz é guiado pelo amor ao seu país. Como presidente, ele é um parceiro dos canadenses –e um verdadeiro amigo. Ao presidente Biden e à primeira-dama: obrigado", escreveu Trudeau na rede social X.
Anthony Albanese, primeiro-ministro da Austrália
"Obrigado por sua liderança e serviço contínuo, presidente Biden. A Aliança Austrália-EUA nunca foi tão forte com o nosso compromisso partilhado com os valores democráticos, a segurança internacional, a prosperidade econômica e a ação climática para esta e as futuras gerações", afirmou o premiê australiano.
Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha
"Toda minha admiração e reconhecimento pela corajosa e digna decisão do presidente Joe Biden. Graças à sua determinação e liderança, os EUA superaram a crise econômica após a pandemia e o grave ataque ao Capitólio e têm sido exemplares no seu apoio à Ucrânia face à agressão russa de Putin. Um grande gesto de um grande presidente que sempre lutou pela democracia e pela liberdade", disse Sánchez.
Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel
"Obrigado, presidente Joe Biden, pelo seu apoio inabalável a Israel ao longo dos anos. O seu apoio constante, especialmente durante a guerra, foi inestimável. Somos gratos por sua liderança e amizade."
Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin
"Ainda faltam quatro meses para as eleições, e esse é um longo período de tempo em que muita coisa pode mudar. Precisamos ser pacientes e monitorar cuidadosamente o que acontece. A prioridade para nós é a operação militar especial", disse Peskov, porta-voz do Kremlin sob Vladimir Putin, referindo-se à G uerra na Ucrânia.
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