Descrição de chapéu guerra israel-hamas

Carros com parentes de reféns fazem comboio de Tel Aviv até fronteira com Gaza para pedir libertação

Manifestação ocorre um dia após a soltura de um homem que estava em poder do Hamas desde o início da guerra

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São Paulo

Parentes de reféns israelenses mantidos em cativeiro pelo Hamas há dez meses saíram de Tel Aviv em um comboio de carros rumo à fronteira com a Faixa de Gaza, nesta quarta-feira (28). O ato tem a intenção de pressionar por um acordo imediato para libertar aqueles que seguem em poder da facção terrorista.

O Fórum das Famílias de Reféns deve fazer outra manifestação na madrugada desta quinta-feira (29), usando alto-falantes montados em um guindaste, de acordo com o jornal The Times of Israel.

Uma fila de veículos em uma estrada, com alguns carros exibindo bandeiras amarelas e brancas. A maioria dos carros é de cores variadas, incluindo branco, azul e preto. Há um caminhão grande na parte de trás da fila e uma motocicleta na faixa da esquerda. O tráfego parece intenso, com muitos veículos se movendo em ambas as direções.
Comboio de veículos em massa transportam familiares e apoiadores de reféns sequestrados durante o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 - Florion Goga/Reuters

"A oportunidade de trazer todos de volta está se esgotando a cada dia que passa", disse o Fórum em um comunicado anunciando o comboio. às 17h30 do horário local (11h30 em Brasília). Faziam parte do protesto reboques transportando alguns dos carros que foram queimados e danificados durante o massacre de 7 de Outubro.

A manifestação dos parentes de israelenses cativos ocorre um dia depois de o Exército de Israel libertar com vida o refém Qaid Farhan Alkadi —o primeiro árabe entre os oito resgatados vivos em operações israelenses desde o início do conflito.

Alkadi, que passou por exames no hospital e já está em casa, fazia parte dos 71 sequestrados que ainda estão vivos em Gaza, pelas contas de Israel. Outros 34 são considerados mortos, e seus corpos estariam no território palestino. Em novembro, 105 foram libertados em um cessar-fogo de uma semana entre Israel e Hamas, e soldados israelenses recuperaram os corpos de mais de 20.

O governo de Israel planeja uma cerimônia para lembrar o primeiro ano dos ataques do Hamas. Mas vários ex-reféns ou parentes de vítimas em Israel expressaram, nesta quarta-feira, sua oposição à organização.

Em uma carta enviada à ministra Miri Regev, responsável da organização dessa cerimônia, estimada em €1 milhão (cerca de R$ 6 milhões), todos dizem que rejeitam "qualquer uso de fotos de [seus] parentes, mortos ou vivos", diz, "ou a menção de seus nomes".

Os signatários, entre eles dez ex-reféns, também pedem a anulação da cerimônia. Defendem que o governo "traga de volta os reféns" antes de qualquer outra preocupação.

O local da cerimônia também causou polêmica, pois os kibutzim destruídos pelo Hamas se recusaram a recebê-la. O evento será gravado com antecedência e sem público, anunciaram os organizadores. Familiares das vítimas anunciaram a realização de uma cerimônia alternativa em um parque de Tel Aviv.

Ainda nesta quarta-feira, as Forças Armadas de Israel afirmaram que resgataram o corpo de um soldado sequestrado pelos terroristas em 7 de outubro, trazendo-o de volta a Israel. A operação ocorreu durante a noite, e o nome do soldado não foi divulgado a pedido da família.

O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu elogiou os soldados envolvidos e afirmou que continuará a buscar o retorno de todos os reféns e corpos restantes.

Negociações entre líderes do Hamas e de Israel continuam na tentativa de alcançar um acordo e encerrar a guerra de dez meses. No 7 de Outubro, homens armados do Hamas invadiram comunidades israelenses, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando 251 reféns, de acordo com contagens de Tel Aviv.

A resposta militar de Israel em Gaza já deixou 40.534 mortos e 93.778 feridos no território desde o início da guerra, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas. Durante a guerra, as forças israelenses devastaram grandes áreas de Gaza e forçaram o deslocamento da maioria de seus 2,3 milhões de habitantes.

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