Descrição de chapéu Eleições na Venezuela

'Respeito e espero que se saia bem', diz Maduro sobre exílio de Edmundo González

Ditador da Venezuela afirma ter acompanhado processo de saída do opositor, alvo de mandado de prisão do regime

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São Paulo

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira (9) que respeita a decisão do ex-diplomata e ex-candidato à Presidência Edmundo González de se exilar na Espanha —o regime havia emitido um mandado de prisão contra o opositor no último dia 2.

Maduro afirmou ter acompanhado o processo de saída de González da Venezuela e disse que concedeu salvo-conduto ao opositor. O ex-diplomata deixou seu país na noite de sábado (7) rumo a Madri depois de ter pedido asilo político ao governo espanhol. Ele chegou à capital do país europeu no domingo (8) em um avião da força aérea espanhola.

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, discursa a apoiadores em Caracas, capital do país - Fausto Torrealba - 28.ago.24/Reuters

"Posso dizer ao embaixador González Urrutia, com quem tive confrontos duros após o dia 29 de julho, que estive atento a tudo isso e compreendo o passo que ele deu, respeito, e espero que ele se saia bem em seu caminho e em sua nova vida", disse Maduro em seu programa semana na televisão.

Maduro foi declarado vencedor das eleições do dia 28 de julho pelo órgão eleitoral da Venezuela, resultado contestado pela oposição e por diversos países e órgãos internacionais. Desde então, o regime promove uma escalada autoritária, com centenas de opositores presos ou perseguidos.

González teve a prisão ordenada depois de ignorar, pela terceira vez, uma intimação do Ministério Público para que se explicasse pelo site no qual a oposição publicou o que dizem ser as atas eleitorais que comprovariam a vitória do ex-diplomata sobre Maduro.

O ex-diplomata já havia dito que o processo contra ele não tinha independência nem era capaz de garantir o devido processo legal.

"Poderia contar muitas coisas, mas reservo o direito constitucional do segredo de Estado", disse Maduro nesta segunda. Segundo o ditador, o exílio de González se deu "em busca da consolidação da paz" na Venezuela.

Maduro se referiu ao opositor como embaixador pela primeira vez depois de chamá-lo de covarde por não aparecer em público desde o dia 30 de julho.

Com AFP

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