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Jornalista brasileiro deixa a Líbia e segue para a França, diz jornal
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DE SÃO PAULO
O repórter Andrei Netto, correspondente de "O Estado de S. Paulo", deixou a Líbia na manhã desta sexta-feira e seguiu para Dubai, de onde partirá para Paris, onde vive, segundo o jornal. Netto foi libertado na quinta-feira no país do Norte da África, onde estava cobrindo os conflitos entre forças leais ao ditador Muammar Gaddafi e rebeldes opositores.
O jornal havia perdido contato com o repórter há uma semana, que estava no oeste do país cobrindo os conflitos. O "Estado" informou que, até domingo, recebia informações indiretas de que o repórter estava bem, escondido na região de Zawiya, sem poder se comunicar com o jornal por razões de segurança.
O Estado de S.Paulo |
O jornalista Andrei Netto, que foi libertado nesta quinta-feira na Líbia |
Na quarta-feira (9), o "Estado" recebeu indicações de que Netto tinha sido preso por tropas do governo perto de Zawiya.
Netto viajava com Abdul-Ahad, repórter de cidadania iraquiana do "Guardian", que na quinta-feira afirmou, em sua página na internet, que recebeu informações de autoridades líbias de que ele está sob custódia.
O repórter --que trabalha no jornal britânico desde 2004 e já foi enviado ao Iraque e ao Afeganistão-- não entra em contato com o jornal desde domingo.
Os dois jornalistas estavam nos arredores de Zawiyah, uma cidade controlada por rebeldes a aproximadamente 50 quilômetros a oeste da capital Trípoli e local de violentos confrontos nos últimos dias entre insurgentes e forças leais a Muammar Gaddafi.
"O Guardian está em contato com autoridades do governo líbio em Trípoli e em Londres e pediu a eles que preste urgentemente toda a assistência na busca de Abdul-Ahad e determine se ele está detido pelas autoridades", disse o jornal.
Na quarta-feira, a BBC disse que uma de suas equipes foi detida pelas forças de segurança da Líbia, agredida e sujeita a uma falsa execução depois que seus membros foram detidos em um posto de controle no caminho à Zawiya.
Os três integrantes da equipe foram acusados de espionagem e suas vidas foram ameaçadas durante 21 horas enquanto eram mantidos por soldados e a polícia secreta leais ao líder líbio, segundo o jornal.
O governo líbio tem restringido o deslocamento de jornalistas estrangeiros em Trípoli e determinou que devem viajar acompanhados por autoridades.
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