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22/06/2011 - 10h38

Rússia recorda os 70 anos da invasão nazista

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DA FRANCE PRESSE, EM MOSCOU (RÚSSIA)

A Rússia recordou nesta quarta-feira, com discrição, o 70º aniversário da invasão da União Soviética pela Alemanha nazista. A data ainda incomoda Moscou, pois, como afirmam os arquivos recentemente revelados, o líder soviético Joseph Stalin não teria dado a devida importância aos relatórios sobre os planos de Hitler.

A Operação Barbarossa teve início nas primeiras horas de 22 de junho e permitiu ao Wermacht (Exército alemão) invadir o território soviético, ameaçando Moscou, antes de ver freado seu avanço por causa do inclemente inverno russo.

Cidades como Kiev (Ucrânia) e Rostov-on-Don viveram durante muitos meses sob a ocupação nazista.

Alexander Nemenov/Efe
Presidente russo, Dmitri Medvedev (à esq.), brinda com veteranos da Segunda Guerra os 70 anos da invasão nazista
Presidente russo, Dmitri Medvedev (à esq.), brinda com veteranos da Segunda Guerra os 70 anos da invasão nazista

Para a Rússia e outros países oriundos da ex-União Soviética, o dia 22 de junho de 1941 marca o verdadeiro início da Segunda Guerra (1939-1945), que os livros de história russos chamam de a Grande Guerra da Pátria.

Mas a recordação dessa data geralmente é mais apagada em contraste com as de 9 de abril de 1945, quando se recorda com exaltação a rendição alemã.

Na Rússia e outras repúblicas ex-soviéticas, os atos este ano se limitaram a concentrações de cidadãos com velas acesas e o presidente russo, Dmitri Medvedev, colocando uma coroa de flores ante o Túmulo do Soldado Desconhecido.

A sociedade russa começou nos últimos anos a associar a recordação de uma resistência heróica à ideia de que Stalin, com sua incredulidade ante as advertências sobre os planos de Hitler, enfraqueceu sensivelmente a defensiva do país.

Historiadores ocidentais afirmam que Stalin confiava que Hitler respeitaria o Tratado de Não-agressão Germano-soviético, conhecido como Pacto Molotov-Ribbentrop (nomes dos chanceleres da União de Repúblicas Socialistas Soviéticas-URSS e do Terceiro Reich nazista).

Além disso, a repressão stalinista dizimou a partir de meados da década de 30 as elites soviéticas, incluindo as do aparato militar, que teriam conseguido conceber uma estratégia de defesa.

Uma nova atitude em relação a esses incômodos erros de Stalin surgiu sob a Presidência de Medvedev, que condenou os crimes do ex-líder soviético com mais ênfase do que seu antecessor, Vladimir Putin, atual primeiro-ministro.

 

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