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29/09/2011 - 16h02

Berlusconi diz ser 'difícil' governar com a atuação de juízes

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DA ANSA, EM ROMA

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, cujo nome está envolvido em quatro processos judiciais, declarou nesta quinta-feira que é "difícil" governar diante de "uma ditadura dos magistrados".

Ontem, o premiê italiano participou de um jantar na casa da deputada Alessandra Mussolini, neta do líder fascista Benito Mussolini, onde comentou publicamente sobre a atuação dos juízes do país.

Ele lamentou que o presidente do Conselho de Ministros, cargo que ocupa, não tenha "nenhum poder" na Itália.

"Mesmo que tenha promulgado uma lei, se ela não agrada a certos magistrados, eles fazem um recurso à Corte Constitucional, uma instituição de esquerda, visto que a maioria de seus componentes pelos últimos três presidentes da República de esquerda", comentou.

Recentemente, Berlusconi se viu envolvido em mais uma ação judicial, desta vez como vítima de uma extorsão por parte do empresário Giampaolo Tarantini para que ele não fosse citado em um processo.

O caso voltou a ser comentado na imprensa desde a última terça-feira, quando os juízes do Tribunal de Nápoles citaram interceptações telefônicas que supostamente provariam que o chefe de Governo italiano sabia que as mulheres levadas por Tarantini a sua residência seriam acompanhantes profissionais.

Ontem, ele reagiu à declaração dos magistrados napolitanos. "Aqueles que vêm a minha casa são classificados como acompanhantes, mesmo se se tratam de prêmios Nobel ou de um primeiro-ministro. As pessoas que eu hospedo são frequentemente interceptadas [grampeadas], enquanto os hóspedes de pessoas da esquerda são todas umas santas", desabafou.

Berlusconi ainda responde a acusações de comercialização irregular de direitos televisivos pelo caso Mediaset, de suborno no caso Mills e de concussão e prostituição de menor no caso Ruby. As investigações sobre a acusação de suposta fraude fiscal do caso Mediatrade foram encerradas em junho.

 

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