Descrição de chapéu Fies Enem Datafolha

Ligação com famílias e renegociação são importantes na volta às aulas pós-pandemia

Objetivo é melhor escola particular da cidade para 10% dos entrevistados na pesquisa Datafolha

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São Paulo

Entre os desafios para além da sala de aula enfrentados pelas escolas está a relação com os pais dos alunos. Num momento em que a renda de muitas famílias evaporou ou diminuiu, como na pandemia e logo depois dela, e pais viram-se sem poder pagar as mensalidades, a necessidade de ser maleável e estar próximo às famílias se tornou ainda mais importante.

"Era o momento de conversar com a família, de dar opções de pagamento. Se alguém não confia na escola do próprio filho num momento desses, ninguém deixa ele lá", diz Benjamin Ribeiro, presidente do Sieeesp (sindicato de escolas particulares paulistas).

Entrada do prédio do Objetivo na avenida Paulista
Entrada do prédio do Objetivo na avenida Paulista - Keiny Andrade/Folhapress

A relação de proximidade se reflete, afirma Ribeiro, nas taxas de inadimplência. "A escola que faz a lição dela direito para cobrar costuma ter inadimplência baixa. O problema maior são as que tentam fazer isso de uma forma meio 'caseira'. Nós trabalhamos com educação, não é qualquer produto. Há lastro de amizade, de carinho e, de afeto na relação", afirma.

Cerca de 30% das escolas particulares infantis fecharam as portas em São Paulo durante a pandemia, de acordo com o Sieeesp. O problema foi especialmente agudo para as instituições menores, com poucos alunos.

Hoje, a taxa de inadimplência roda os 7%, número considerado aceitável por Benjamin. Durante o pior período da pandemia, chegou a 10%, cifra 43%.

Citado por 10% dos entrevistados na pesquisa Datafolha, o Colégio Objeitvo venceu a categoria colégios particulares pela quinta vez consecutiva. A proximidade com as famílias, diz Maria do Rosário, diretora da unidade Teodoro Sampaio, conta bastante para o reconhecimento.

"Todos os anos já recebíamos pais para renegociar dívidas e estudamos caso a caso para que eles consigam continuar com os filhos na escola. Isso se intensificou em 2022 dado o contexto pós-pandemia", afirma.

No ano passado também foi a hora de olhar para outros efeitos colaterais da crise sanitária. "Alguns alunos tristes, porque parentes morreram, outros não se adaptaram ao ensino remoto e crianças com ansiedade ou depressão depois de ficarem muito tempo em casa. Olhamos muito para esses alunos também. Em todas as unidades há psicólogos", diz Maria do Rosário.

Para a profissional, sinal da proximidade que existe com os jovens é que todo mês de março a instituição recebe ligações de ex-alunos para contar que passaram no vestibular e celebrar a conquista com o colégio.

"Fazemos um trabalho para marcar a vida das pessoas. Depois os estudantes crescem e ainda se lembram de nós, aí voltam para matricular o filho ou o neto."

Ela destaca também a qualidade do material didático e os investimentos em tecnologia do colégio como motivos para o bom desempenho na pesquisa.

"Voltamos 100% ao presencial, mas ainda temos toda a tecnologia que investimos na pandemia. Vamos supor que um aluno precise faltar durante uma semana inteira por algum motivo, como uma cirurgia. Ele consegue acompanhar as aulas remotamente. Mas é só para esses casos pontuais."


COLÉGIO OBJETIVO

10% das menções
Fundação 1971
Unidades 14
Número de alunos 8.633
Número de funcionários 911
Faturamento não revela
Crescimento não revela

O Objetivo fica muito agradecido com a vitória. Ela mostra que o trabalho desempenhado tem o reconhecimento dos alunos e pais. É uma parceria que realmente dá certo

Maria do Rosário

diretora da unidade Teodoro Sampaio

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