A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) editou em fevereiro deste ano as resoluções 178 e 179, que representam o novo marco regulatório para as atividades de assessoria de investimentos e intermediação de valores mobiliários.
Entre as principais mudanças estão a flexibilização das regras de exclusividade societária e o aumento da transparência das práticas remuneratórias para os clientes. As alterações valem a partir de 1º de junho.
Para Diego Ramiro, presidente da Abai (Associação Brasileira de Assessores de Investimentos), a primeira mudança diz respeito à vinculação de assessores a bancos e empresas de assessoria.
Ele diz que, se um profissional era associado ao BTG, por exemplo, não poderia atender clientes da XP, já que a exclusividade era pré-requisito. Agora, diz, ele poderá assessorar clientes de várias plataformas.
Outra mudança é na contratação de funcionários por empresas de consultoria. "Vai ser possível contratar assessores de investimentos e até ter sócios investidores. Com isso, empresas menores podem se capitalizar e receber recursos de terceiros", afirma.
Antes, o assessor de investimentos não podia contratar um empregado em regime CLT.
Para trabalhar junto com alguém, era obrigatório que se firmasse uma sociedade. A associação, porém, só podia ser feita entre pessoas com certificado em assessoria de investimentos.
Sobre a transparência, o marco determina que o cliente receba um relatório contendo a estrutura remuneratória das partes envolvidas nas transações financeiras e potenciais conflitos de interesses.
"Quem ganha é o investidor, que vai ter muito mais clareza do que tem no banco. Hoje, quando você compra o produto de um banco, não sabe se o seu gerente ganhou bônus em cima disso. Na assessoria esse processo vai ser 100% transparente", afirma Ramiro.
De acordo com Thiago Maffra, CEO da XP Investimentos, a exigência de transparência para o cliente é positiva e não deve gerar grandes impactos na atuação da empresa. "A mudança está em linha com o jeito que a gente sempre trabalhou e a forma como mantivemos a relação com os clientes."
Ainda segundo ele, alguns produtos de investimento já são acompanhados por um disclosure, como são chamados os relatórios com dados sobre as movimentações e interesses financeiros dos investidores.
"A mudança vai trazer ainda mais transparência. É bom para o cliente, para a XP e para o assessor", afirma Maffra.
Pela quinta vez consecutiva, a XP venceu a categoria de assessoria de investimentos do prêmio O Melhor de São Paulo, com 12% das menções na pesquisa Datafolha.
O instituto realizou 1.081 entrevistas com pessoas com 16 anos ou mais, pertencentes às classes A e B da cidade de São Paulo, de 19 a 27 de janeiro deste ano.
A empresa se destacou especialmente entre os públicos de 26 a 40 anos e com renda mensal familiar de 10 a 20 salários mínimos ou mais.
Maffra acredita que o diferencial é o serviço exclusivo de assessoria que oferece aos seus clientes.
"Isso faz parte do DNA de inovação que a gente vem construindo. Somos a primeira plataforma aberta de investimentos do Brasil, a primeira casa a zerar a corretagem no país e a primeira a dar acesso a produtos como os fundos internacionais ao público de varejo", afirma.
XP INVESTIMENTOS
12% das menções
Fundação 2001
Unidades Escritórios em São Paulo (sede) e no Rio de Janeiro e 660 agentes credenciados em 25 estados do Brasil
Funcionários 6.549 em janeiro de 2023
Lucro líquido R$ 13,3 bilhões
Crescimento (2022) 11% maior que em 2021 na receita líquida
O reconhecimento é consequência da inovação que a gente vem construindo. Somos a primeira plataforma aberta de investimentos do Brasil, a primeira casa a zerar a corretagem no país e a primeira a dar acesso a produtos como os fundos internacionais ao público de varejo.
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