Os deslizamentos que atingiram o litoral norte de São Paulo em fevereiro deste ano, durante o feriado do Carnaval, resultaram em cerca de 6.500 atendimentos de remoção de automóveis nas 15 seguradoras que compõem a Fenseg (Federação Nacional de Seguros Gerais). O número é oito vezes maior do que o esperado para este período do ano, segundo Marcelo Sebastião, presidente da comissão de seguro auto da entidade.
Na Porto, foram quase 550 acionamentos de seguro durante o período —em um dia comum, a média é de 70 chamados. Somente no município de São Sebastião, o mais atingido pelo temporal, foram realizadas 1.300 remoções, com o deslocamento de 135 veículos, como guinchos, para atender inclusive quem não era cliente, diz Rivaldo Leite, CEO de seguros da empresa.
"Antigamente, as pessoas faziam seguros para se protegerem em caso de colisão, furto e roubo, mas não é mais só isso. Sem dúvida nenhuma, o maior volume de indenização nesses dois meses será por causa de alagamentos, não por furto e roubo, então isso passa a ser uma preocupação muito grande dos consumidores."
Preferida entre os paulistanos pela sexta vez consecutiva no prêmio O Melhor de São Paulo Serviços, a Porto ajustou sua cobertura no decorrer dos últimos 15 anos para englobar ocorrências como alagamentos, afirma Leite. A empresa lidera a categoria de seguro de automóvel com 59% das menções entre o público consultado pelo Datafolha.
"Com o passar do tempo, observamos que esses tipos de evento foram aumentando devido à situação climática do mundo. Por isso, fomos adaptando nossas apólices para ter cobertura e oferecer pagamento rápido, porque é nesse momento que o cliente vai valorizar o serviço, a Porto e a forma como a empresa tratou o sinistro."
A Porto acompanha previsões meteorológicas por meio de parceria com institutos como o Climatempo, para tentar monitorar fortes volumes de chuvas e se preparar para atuar em locais em que pode haver mais acionamentos de seguro, diz Leite. Sendo assim, temporais no litoral norte paulista já eram esperados para os meses de verão, mas não nas proporções e no curto espaço de tempo (entre os dias 18 e 19 de fevereiro de 2023) em que ocorreram.
Entre os equipamentos enviados pela Porto à região, Leite destaca como o principal diferencial da empresa o utilitário Agrale Marruá, específico para remover automóveis inundados e cobertos de lama —o veículo passou por modificações, principalmente na suspensão, para atender às necessidades da operação. A seguradora também utilizou motos aquáticas para socorrer pessoas atingidas.
Para Leite, a atuação da empresa demonstra proximidade e preocupação em atender a todos em situações emergenciais, tanto clientes quanto aqueles que não possuíam uma apólice. Outro exemplo citado por ele é o aluguel de um helicóptero para que as equipes pudessem chegar às áreas mais atingidas, tendo em vista que rodovias como a Rio-Santos e a Mogi-Bertioga ficaram obstruídas com os deslizamentos.
Além dos ajustes de cobertura e do monitoramento do clima, a Porto investe na expansão da frota de veículos utilizados durante esse tipo de emergência, sobretudo porque cidades e estados distintos podem ser acometidos simultaneamente por situações semelhantes, diz Leite.
Sebastião, da Fenseg, diz que a cobertura compreensiva —modalidade que costuma prever ocorrências como colisão, incêndio, furto, roubo e alagamento— é contratada por 90% dos 20 milhões de veículos com seguro auto no Brasil, considerando as empresas que compõem a federação. A inclusão de enchentes nas apólices foi uma adaptação iniciada pelo setor nos últimos 15 anos, afirma.
PORTO
59% das menções
Fundação
1945
Unidades
55 sucursais e escritórios regionais em todo o país
Funcionários
13 mil funcionários, 13 mil prestadores e 33 mil corretores parceiros
Faturamento
R$ 28 bilhões de receita em 2022
Crescimento
29,5% na receita de 2022
Na tragédia que aconteceu no litoral norte de São Paulo, a Porto mostrou que realmente é uma empresa que está próxima, que se preocupa e cuida das pessoas, inclusive atendendo também aqueles que não eram clientes
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