CATIA SEABRA
DE SÃO PAULO

A Justiça rejeitou recurso dos movimentos de esquerda para organizar uma concentração na Avenida Paulista, após o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na próxima quarta-feira (24).

Pela previsão original, os militantes se reuniriam em frente ao Masp para um ato que culminaria com o discurso de Lula. Sem autorização, as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo estão convocando a concentração para Praça da República, com caminhada até a Paulista.

"As entidades reforçam que não abrirão mão da caminhada democrática na tradicional avenida, principalmente depois de terem sido barradas após inúmeros diálogos", diz uma nota divulgada pelos organizadores.

Os dirigentes das frentes tentaram negociar com a Polícia Militar para que militantes e adversários fizessem dois atos em diferentes pontos da Paulista. No entanto, o pedido foi negado.

"Alegaram problemas de segurança. Um absurdo, é uma decisão política do governo de São Paulo", criticou Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares,

Veja, abaixo, a nota dos movimentos de esquerda:

"As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo farão ato na Praça da República no próximo dia 24 de janeiro, data do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A manifestação começará às 17 horas e terminará na Av. Paulista após caminhada democrática.

As entidades reforçam que não abrirão mão da caminhada democrática na tradicional avenida, principalmente depois de terem sido barradas após inúmeros diálogos.

O juiz Antonio Augusto Galvão de França, da 3.ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, negou recurso feito pelos movimentos sindicais e sociais que solicitaram a Avenida Paulista para a realização da atividade.

Os movimentos, numa tentativa de diálogo, mudaram diversas vezes o horário e local de concentração do ato em diferentes pontos.

Quem julga que impedirá a manifestação de milhares de trabalhadores, trabalhadoras, mulheres, jovens, negros e negras em defesa da democracia está muito enganado. As ruas de São Paulo serão testemunhas de mais um episódio de luta do povo brasileiro em defesa da justiça e do Estado Democrático de Direito."

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