Na Bahia, cortejo de 2 de Julho celebra expulsão de portugueses em 1823; entenda

Data é lembrada todos os anos em uma festa entre a Lapinha e o Pelourinho, no centro antigo de Salvador

João Pedro Pitombo
Salvador

Data cívica máxima da Bahia, o 2 de Julho celebra a expulsão das tropas portuguesas de Salvador em 1823, quase dez meses depois da Independência do Brasil.

Diferentemente da maioria dos estados, onde a independência aconteceu sem luta armada, a independência na Bahia foi precedida por batalhas entre tropas aliadas a Portugal e tropas formadas por brasileiros.

Multidão no cortejo de 2 de julho, em Salvador
Multidão no cortejo de 2 de julho, em Salvador - João Pedro Pitombo/Folhapress

A data é celebrada todos os anos em um cortejo entre a Lapinha e o Pelourinho, no centro antigo de Salvador, no qual participam bandas de fanfarra, de percussão e grupos folclóricos.

No cortejo, são celebradas as figuras do caboclo e da cablocla, que representam o surgimento da nação brasileira e lembram a miscigenação dos soldados que lutaram nas batalhas pela independência, na qual havia batalhões de sertanejos, de índios e de negros escravos e libertos.

Também são celebrados ícones da Independência da Bahia, incluindo mulheres como Maria Quitéria, Maria Felipa e Joana Angélica.

Em anos de eleição, o cortejo costuma reunir políticos de todas as matizes ideológicas que testam sua popularidade junto à população baiana.

Neste ano, os pré-candidatos à Presidência Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos participaram da festa, que também recebeu os petistas Rui Costa (governador) e Jaques Wagner (ex-governador) e ACM Neto (prefeito de Salvador, do DEM). 

 Desfile de 2 de Julho no Pelourinho, em Salvador; na foto, pessoas estão fantasiadas de índios, militares e escravos, em uma decoração verde e amarela
Desfile de 2 de Julho no Pelourinho, em Salvador - Fabiano Maisonnave/Folhapress
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