Descrição de chapéu Eleições 2018

Na TV, Alckmin usa nova CPMF e Chávez para atacar Bolsonaro e PT

Propaganda de TV do tucano mostra o venezuelano Hugo Chávez e as propostas econômicas de Jair Bolsonaro

São Paulo

O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, estreou na noite desta quinta-feira (20) uma fase mais agressiva de sua campanha de TV, direcionada sobretudo a Jair Bolsonaro (PSL).

Precisando recuperar terreno nas pesquisas, o tucano acusou Bolsonaro de querer taxar a população, sobretudo a mais pobre, com a criação de uma nova versão da CPMF, extinta em 2007.

Geraldo Alckmin (PSDB) chega para debate entre presidenciáveis promovido pela CNBB em Aparecida (SP)
Geraldo Alckmin (PSDB) chega para debate entre presidenciáveis promovido pela CNBB em Aparecida (SP) - Diego Padgurschi - 20.set.2018/Folhapress

O plano do guru econômico do candidato, Paulo Guedes, de recriar um imposto sobre transações financeiras nos moldes do extinto imposto do cheque, foi revelado pela colunista da Folha Mônica Bergamo.

"Bolsonaro já disse que quem vai comandar a economia do Brasil é um banqueiro milionário, Paulo Guedes. O banqueiro já disse o que pretende fazer: menos imposto para os ricos, mais imposto para os pobres", afirma a propaganda. 

"Se Bolsonaro for eleito, prepare o seu bolso", prossegue o filme da campanha tucana.

Também houve referências ao risco de o Brasil passar por uma crise semelhante à da Venezuela. 

Uma entrevista de Bolsonaro de 1998 elogiando a eleição de Hugo Chávez como presidente do país vizinho foi exibida no programa.

Alckmin ainda direcionou ataques ao PT pela relação política próxima entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Chávez. Um vídeo de Lula dizendo que era "grande amigo de Chávez" foi exibido pelos tucanos.

A nova atitude de Alckmin é provavelmente sua última cartada para tentar chegar ao segundo turno. 

A mudança de postura é decorrente de um ultimato dado a ele por aliados do centrão no início da semana. Alckmin tem 9% segundo o Datafolha, contra 28% de Bolsonaro e 16% de Haddad.
 

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