Evangélicos estão mais tristes do que católicos com Brasil, aponta Datafolha

Bolsonaro tem 69% dos votos válidos entre evangélicos, contra 31% de Haddad

Anna Virginia Balloussier
São Paulo

Pesquisa Datafolha desta quinta-feira (25) mostra que as investidas de Fernando Haddad (PT) em igrejas evangélicas não lhe renderam muitos frutos, mas o ajudaram, no mínimo, a estancar o crescimento do rival no segmento.

Se, no quadro geral, a diferença entre ele e seu adversário na disputa presidencial, Jair Bolsonaro (PSL), caiu seis pontos, o desempenho do petista entre evangélicos oscilou positivamente, sim, mas dentro da margem de erro: registrou 31% dos votos válidos (que excluem brancos, nulos e indecisos), contra 29% verificados na semana passada

Já o capitão reformado foi de 71% para 69% entre essa parcela do eleitorado.

Fiéis durante culto na igreja evangélica Bola de Neve em Perdizes em São Paulo
Fiéis durante culto na igreja evangélica Bola de Neve em Perdizes em São Paulo - Lalo de Almeida-30.ago.09/Folhapress

A performance de Bolsonaro no maior grupo religioso do país, o católico, encolheu de 54% (quanto tinha no levantamento divulgado no último dia 18) para 51%, enquanto Haddad subiu de 46% para 49%. 

Aí já fica fora da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos. O Datafolha entrevistou 9.173 eleitores em 341 cidades na sondagem, encomendada pela Folha e pela TV Globo e realizada na quarta (24) e na quinta (25).

Evangélicos se dizem mais tristes do que católicos quando são instados a responder: "Quando você pensa no Brasil de hoje em dia, você se sente...". Na média de todas as religiões, 74% se diz entristecido; o índice sobe para 76% entre evangélicos e cai para 72% com seguidores do papa Francisco.

Estão mais tranquilos ou com raiva? Nesse caso, ambos os grupos se assemelham ao quadro geral, de 59% do eleitorado que se declara enraivecido com o estado atual do país.

Católicos (56%) e evangélicos (30%), que formam um bloco de 86% dos entrevistados.

Os demais grupos religiosos representam uma parcela menor da população e, portanto, a amostra obtida pelo levantamento não é suficiente para extrair um percentual para cada um desses segmentos separadamente. 

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