Descrição de chapéu Eleições 2022

Coligação de Bolsonaro eleva em 450% número de candidatos a governador

Trinca que lidera o centrão, PL, PP e Republicanos registraram 22 candidatos, contra 4 em 2018

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Brasília

O trio de partidos que lidera o centrão e que compõe a coligação de Jair Bolsonaro registrou 22 candidaturas a governos estaduais, crescimento de 450% em relação a 2018, quando lançou apenas quatro postulantes.

PL, PP e Republicanos —que abrigaram o bolsonarismo após o presidente da República abandonar o PSL e não conseguir fundar sua própria legenda— estão no topo do ranking de aumento geral de candidatos aos cargos de presidente, senador, governador, deputado federal e estadual.

O registro de candidatos terminou nesta segunda-feira (15), mas eventuais atualizações represadas do sistema podem alterar levemente os números.

Valdemar Costa Neto (ao centro), presidente do PL, discursa ao lado de Jair Bolsonaro durante ato partidário
Valdemar Costa Neto (ao centro), presidente do PL, discursa ao lado de Jair Bolsonaro durante ato partidário - Lucio Tavora - 27.mar.22/Xinhua

O PL de Bolsonaro e de Valdemar Costa Neto é o partido com o maior salto. Em 2018, só lançou Wellington Fagundes, que perdeu a disputa em Mato Grosso —ficou em segundo.

Agora, são 14 candidatos, entre os quais Cláudio Castro, que busca a reeleição no Rio de Janeiro, e os ex-ministros Onyx Lorenzoni (Rio Grande do Sul) e João Roma (Bahia).

O PP de Ciro Nogueira (ministro da Casa Civil) e Arthur Lira (presidente da Câmara dos Deputados) é o segundo da lista, com cinco candidatos a governador, entre os quais Gladson Cameli (na disputa pela reeleição no Acre), os senadores Luiz Carlos Heinze (Rio Grande do Sul) e Esperidião Amin (Santa Catarina). Há quatro anos, o PP havia lançado três nomes, com a vitória apenas de Cameli.

Já o Republicanos não teve nenhum candidato em 2018. Agora, são três, o principal deles o ex-ministro Tarcísio de Freitas, em São Paulo.

​Em 2018, as três siglas do centrão integraram a candidatura presidencial de Geraldo Alckmin, então no PSDB, que ficou em quarto na disputa. Hoje Alckmin é vice de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), rival da trinca de partidos.

Assim como no cômputo geral de candidatos, o PT de Lula reduziu de 16 para 13 o número de nomes que vão disputar governos estaduais. A principal aposta é Fernando Haddad, em São Paulo.

O PT fechou uma federação com PC do B e PV. Isso pode influenciar, em tese, a capacidade de o partido lançar candidatos no país, já que há limite (100% mais 1 das vagas disputadas, no caso da disputa proporcional), e a federação conta como um partido isolado.

Isso, porém, não influencia a decisão de lançar nomes aos governos estaduais, porque o PT, dentro da federação, tem poder de impor sua vontade.

Lula conseguiu atrair para seu entorno um recorde de dez partidos, o que torna a sua coligação a mais robusta também no número de governadores, 58. Ainda assim, o número é menor do que o lançado pelo conjunto dessas siglas há quatro anos, quando foram inscritos 73 nomes.

Os quatro partidos da coligação de apoio a Simone Tebet (MDB) lançaram 21 candidatos a governos estaduais, segundo os números divulgados na noite desta segunda pelo Divulgacand, o sistema de divulgação de candidaturas e contas eleitorais do tribunal. Em 2018, foram 30.

Fruto da fusão do PSL com o DEM, a União Brasil nasceu gigante no Congresso, mas demonstra pouca força na corrida aos executivos estaduais. São 12 candidatos, contra 22 de quatro anos atrás.

Estarão em disputa neste ano a Presidência da República, o governo dos 26 estados e do Distrito Federal, um terço das 81 cadeiras do Senado, as 513 cadeiras da Câmara dos Deputados e as vagas nas Assembleias Legislativas dos estados.

O pedido de registro de candidatura não significa que o político chegará apto ao dia da eleição. Caberá à Justiça Eleitoral aprovar ou não a solicitação.

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