Alexandre de Moraes manda PF ouvir Anderson Torres no dia 2 de fevereiro

Ministro do STF autorizou acesso à defesa do ex-secretário da Segurança Pública do DF aos inquéritos das fake news, da milícia digital e dos atos antidemocráticos

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Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que a Polícia Federal colha o depoimento do ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres no dia 2 de fevereiro. A oitiva deverá ocorrer às 10h30.

Na decisão divulgada nesta segunda-feira (23), Moraes afirmou que o prazo garantirá à defesa de Torres o tempo necessário para análise dos autos antes do interrogatório.

O ex-secretário é investigado em inquérito que tramita no Supremo para apurar a responsabilidade pelas falhas na segurança local que permitam a depredação das sedes dos três Poderes no dia 8 de janeiro promovida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-secretário da Segurança Pública do DF está preso desde o dia 14 de janeiro por ordem de Alexandre de Moraes - Adriano Machado - 28.out.22/Reuters

Na primeira tentativa de ouvi-lo, na quarta (18), Torres ficou em silêncio. Por ordem de Moraes, o ex-secretário está preso em uma unidade da Polícia Militar do DF desde o último dia 14, quando retornou de uma viagem a Orlando, nos Estados Unidos.

São também investigados na mesma apuração o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (DF), o ex-secretário-executivo da Segurança Pública Fernando de Sousa Oliveira e o ex-comandante da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira.

A defesa de Torres, que foi ministro da Justiça do governo Bolsonaro, pediu o acesso aos inquéritos das fake news, da milícia digital e dos atos antidemocráticos do 7 de setembro de 2021. Moraes autorizou.

Em razão do sigilo dos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, destacou o ministro, a vista deverá ser previamente agendada junto ao gabinete do magistrado, após o retorno dos autos da PGR (Procuradoria-Geral da República).

A apuração sobre o funcionamento de uma milícia digital para ataques às instituições e à democracia, por sua vez, é pública.

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