O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) visitou nesta quarta-feira (13) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo.
Tarcísio chegou por volta das 9h e ficou pouco tempo no local.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também esteve na unidade. Ele chegou por volta de 12h30 e ficou menos de uma hora.
Bolsonaro aguarda alta depois de fazer uma endoscopia para tratar o refluxo e uma cirurgia para corrigir um desvio no septo.
Segundo nota divulgada pelo hospital no fim da manhã desta quarta, o político apresenta recuperação satisfatória, com pós-operatório sem complicações e "discreto sangramento nasal".
O ex-presidente iniciou dieta líquida e fria. Ele tem o intestino preservado, sem oclusões que justifiquem uma terceira cirurgia que poderia ocorrer durante a internação.
A correção das alças intestinais tem como objetivo tratar lentidão ou obstrução no intestino. Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo, médico de Bolsonaro, já havia adiantado à Folha que o procedimento havia sido descartado pela equipe médica devido à condição de saúde satisfatória do paciente.
De acordo com Macedo, a previsão é que a alta ocorra até esta quinta-feira (14).
Depois, Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle vão pernoitar no Palácio dos Bandeirantes.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, as cirurgias realizadas por Bolsonaro são intervenções simples sem provável relação com a facada desferida no político durante a campanha eleitoral de 2018.
A assessoria do ex-presidente já relacionou sintomas e exames que motivaram os procedimentos ao ataque cometido contra Jair Bolsonaro. O agressor, Adélio Bispo de Oliveira, está numa penitenciária de segurança máxima em Mato Grosso do Sul.
Bolsonaro fez uma endoscopia digestiva alta para tratar o refluxo por meio de uma técnica chamada TIF, sigla em inglês para Procedimento Transoral de Fundoplicatura.
De acordo com Vanessa Prado, cirurgiã do aparelho digestivo do hospital Nove de Julho, a técnica é moderna e dominada por poucos endoscopistas brasileiros, além de minimamente invasiva. O procedimento permite que a cirurgia de refluxo seja realizada sem incisões.
Ainda mais simples, a cirurgia de septo foi realizada após a endoscopia, com o objetivo de melhorar a respiração do ex-presidente.
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