Datafolha: Nunes teria 13 pontos à frente de Boulos no 2º turno de SP

Eleitores de Datena e Marçal migram para o prefeito no caso de uma segunda rodada

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São Paulo

Se houvesse um segundo turno na eleição paulistana com os hoje líderes da corrida pela prefeitura, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), o atual ocupante do cargo bateria o deputado federal por 49% a 36%.

Foi o que aferiram os pesquisadores do Datafolha com 1.092 eleitores na terça (6) e na quarta (7), na mais recente rodada de levantamentos sobre o pleito na principal cidade do país. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Duas fotos mostram homens de barba e cabelo preto segurando microfones. O da esquerda, Ricardo Nunes, está de camisa clara. O da direita, Guilherme Boulos, de paletó escuro e camisa clara
Os candidatos a prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB), atual titular do cargo, e Guilherme Boulos (PSOL)

Dentro dela, a vantagem de Nunes oscilou positivamente no embate direto com Boulos ante a pesquisa anterior, divulgada no começo de julho. Naquela ocasião, o prefeito tinha 48%, e o deputado marcava 38%. Brancos e nulos eram 12% e agora são 13%, e os mesmos 2% não opinaram.

A eleição paulistana está pulverizada, mas desde os primeiros levantamentos Nunes, dono da máquina, e Boulos, com o "recall" de quem perdeu o segundo turno para Bruno Covas (PSDB) em 2020, emergem à frente dos rivais.

O deputado é apoiado pelo presidente Lula, que tirou o seu PT da cabeça de chapa pela primeira vez na capital. Já Nunes, após titubear, acabou caindo nos braços de Jair Bolsonaro (PL), trazendo a polarização nacional para os palanques da cidade.

Com efeito, Nunes vence nos cenários entre eleitores do ex-presidente em 2022, e Boulos, entre quem votou em Lula e também entre petistas declarados.

O segundo pelotão da campanha tem uma disputa emparelhada entre José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB), ambos com 14% segundo esta rodada do Datafolha. Atrás vem Tabata Amaral (PSB, 7%), e Marina Helena (Novo, 4%).

Quando questionados em quem votariam hoje num segundo turno, os eleitores indicam a tendência paulistana. Entre quem apoia Marçal, 62% iriam de Nunes. Já nos apoiadores de Datena, são 55%. Ambos os candidatos apelam a um perfil mais conservador, como o do prefeito.

Já quem vota em Tabata se divide: 42% dizem ir de Boulos e 40%, de Nunes, refletindo a ideia de uma candidatura mais centrista da deputada federal, apadrinhada pelo eterno "tucano em cima do muro" Geraldo Alckmin, vice de Lula que deixou o tucanato rumo ao PSB.

Nunes vence com mais sobra entre homens (52% a 32%), pessoas com mais de 60 anos (53% a 33%), menos escolarizados (52% a 32%), mais pobres (52% a 33%) e evangélicos (57% a 25%). Nos macrogrupos principais, Boulos consegue empatar entre os mais jovens (46% a 43% de Nunes), eleitores com curso superior (45% a 40%) e aqueles com 25 a 34 anos (aí com 42% a 38% em favor do prefeito).

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