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Jair Renan lança campanha em SC ao lado de irmão Eduardo e de imagem de Bolsonaro

Filho do ex-presidente concorre a vereador em Balneário Camboriú

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Balneário Camboriú (SC)

O filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan (PL), 26, lançou sua campanha eleitoral para vereador de Balneário Camboriú (SC) nesta quarta-feira (28), ao lado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

O evento ocorreu em um pequeno auditório do hotel Mercure, localizado em frente à principal praia da cidade, conhecida pelos altos prédios de luxo. Um totem com a imagem em tamanho real do ex-presidente foi colocado na entrada do espaço.

O filho registrou seu nome de candidato como "Jair Bolsonaro", igual ao do pai. O ex-presidente deve passar pela cidade nos últimos dias da campanha, segundo o PL.

Jair Renan Bolsonaro (PL) e o irmão Eduardo Bolsonaro (PL), no hotel Mercure, em Balneário Camburiú
Jair Renan Bolsonaro (PL) e o irmão Eduardo Bolsonaro (PL), no hotel Mercure, em Balneário Camburiú - Karime Xavier/Folhapress

"Balneário vai ter um Jair para chamar de seu", afirmou o cerimonialista, que também pediu aos eleitores que votassem "para agradar o pai" do candidato. "Vamos votar nele para ver ele [o ex-presidente] mais presente aqui em Balneário, vindo mais vezes para Santa Catarina", completou.

Jair Renan fez um discurso de um minuto. Agradeceu a presença de Eduardo, disse que ele tem o apoiado e também citou um versículo bíblico. "O amigo ama em todo o tempo. Na angústia, nasce o irmão", disse.

Depois, Eduardo foi quem falou. "Quando eu fiquei com esse problema de discurso, meti logo dois cursos de oratória. Discurso certamente vai melhorando. Faz parte do caminho natural da vida", disse o deputado federal por São Paulo.

"Aproveite as palmas porque depois vem pancada, o que é natural, faz parte", continuou Eduardo Bolsonaro, que também pregou a união da direita e voltou a fazer críticas ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

Jair Renan e Eduardo Bolsonaro não deram entrevistas. O ato desta quarta também reuniu o prefeito da cidade, Fabrício Oliveira (PL), e o candidato a prefeito do PL, Peeter Grando. O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), a deputada federal Carol de Toni (PL) e o senador Jorge Seif (PL) também gravaram vídeos curtos exibidos durante o evento.

Natural do Rio de Janeiro, reduto eleitoral da família Bolsonaro, Jair Renan passou a ter vínculo com Balneário Camboriú no início de 2023, quando ganhou um cargo comissionado ligado ao gabinete de Seif e passou a atuar no escritório do parlamentar na cidade litorânea. Ele trocou o domicílio eleitoral em setembro de 2023 e, em março deste ano, se filiou ao PL.

O lançamento da candidatura ocorre um dia depois de a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios concluir o arresto de R$ 360.241,11 de Jair Renan, para garantir o pagamento de uma dívida que ele tem com o Banco Santander.

Em sua decisão, o juiz João Batista Gonçalves da Silva, da 1ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais e Conflitos Arbitrais de Brasília, explica que o arresto foi necessário porque o "executado não fora localizado, a despeito das diligências empreendidas no curso do processo".

A dívida tem relação com um empréstimo obtido por Jair Renan em nome da empresa RB Eventos e Mídia. De acordo com denúncia apresentada pelo Ministério Público, falsos números de faturamento da empresa foram apresentados ao banco para lastrear um empréstimo de R$ 4,6 milhões nos anos de 2021 e 2022.

Jair Renan virou réu, em março, pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documento falso. Na época, seu advogado, Admar Gonzaga, afirmou que ele foi vítima de um golpe e que isso será esclarecido ao longo do processo.

Ao falar sobre Jair Renan e a entrada na vida pública, Eduardo Bolsonaro voltou a criticar o ministro do STF Alexandre de Moraes.

"Eu tive a graça de ser selecionado para ser investigado pelo Alexandre de Moraes. O cara tem um pouquinho de poder, como vocês estão vendo, inversamente proporcional aos escrúpulos dele. Isso serve para todos aqueles que pensam que, na vida pública, é só não fazer nada de errado que vai dar tudo certo", atacou o deputado.

"O Renan tem sobrenome Bolsonaro. A perseguição que a gente sofre não é brincadeira", continuou o parlamentar, antes de mencionar recentes reportagens da Folha. "Pega lá o caso da polícia secreta do Stálin, dê o homem que eu vou te dar o crime", comparou ele.

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