'Sou absolutamente contra', diz Tarcísio sobre censura de Moraes à Folha

Já no caso das redes de Pablo Marçal, governador diz não ver censura, mas sim caso de regras eleitorais

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São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (28) à reportagem que é contra "qualquer tipo de censura", em referência à decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes que censurou entrevista da Folha com Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL).

Homem branco com expressão séria fala enquanto olha para frente
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em entrevista - Carla Carniel - 9.ago.24/Reuters

Martins teve a prisão revogada em 9 de agosto e está sob medidas cautelares relacionadas a uma investigação sobre uma suposta trama golpista para manter Bolsonaro na Presidência após a derrota para Lula (PT) em 2022.

Moraes afirma que a entrevista viola uma das condições colocadas para a soltura de Martins, a de ele não se comunicar com os demais investigados no caso.

"Eu sou contra qualquer tipo de censura. Absolutamente contra", disse Tarcísio ao ser indagado pela Folha sobre o caso nesta quarta-feira (28).

A declaração foi dada durante compromisso com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição em São Paulo. Ambos visitaram as obras do piscinão e da canalização do córrego Água dos Brancos, no Capão Redondo (zona sul de SP).

A imagem mostra duas pessoas tirando uma selfie em um evento. À esquerda, um homem de terno escuro e gravata, com um broche no paletó, e à direita, um homem sorridente com um terno claro e gravata com padrão. Ao fundo, outras pessoas e um ambiente de evento com iluminação.
O ex-assessor de assuntos internacionais Filipe Martins, ao lado de Jair Bolsonaro (PL) - Reprodução/@filgmartin no X

Questionado se considerava também censura a ordem de suspensão de redes sociais do candidato Pablo Marçal (PRTB), o governador afirmou considerar que esse caso seria diferente, por tratar de uma "regra eleitoral que precisava ser cumprida".

Marçal teve as redes sociais suspensas pela Justiça Eleitoral. Em decisão liminar, o juiz considerou que ele cometeria abuso econômico ao promover cortes monetizados.

Os cortes são trechos de entrevistas, sabatinas, participações em debates e outros vídeos que depois são postados em redes sociais. O influenciador promove competições de cortes de vídeos com direito a remuneração aos seguidores —ele nega ter feito pagamentos no período de campanha e pré-campanha.

"É uma coisa também para ele [Pablo Marçal] esclarecer [possível descumprimento de regra eleitoral]. Eu acho que é bom que ele tenha as redes reabilitadas, que ele possa expressar também a sua opinião, até porque a gente está numa campanha e é importante que ele possa mostrar as suas propostas, mostrar os seus projetos, e tenha todos os meios para fazer isso", afirmou Tarcísio.

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