Descrição de chapéu Governo Lula

Lula faz parada de 10 min em São Paulo na volta do Chile, e Planalto não informa motivo

Previsão inicial era que petista fosse direto para Brasília, mas parou em São Paulo sem explicações

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Santiago (Chile)

O Palácio do Planalto não explica o motivo de o presidente Lula (PT) ter feito uma parada de apenas dez minutos em São Paulo na volta para Brasília de sua viagem do Chile.

O chefe do Executivo viajou com uma comitiva de 14 ministros para Santiago no domingo (5), onde participou de uma visita de estado ao presidente chileno, Gabriel Boric. Depois, também teve agendas no Senado e na corte suprema do país sul-americano.

Segundo a agenda oficial, no retorno ao Brasil, Lula passou por São Paulo, onde chegou às 19h50 na base aérea de Guarulhos. Dez minutos depois, partiu para Brasília.

O presidente do Chile, Gabriel Boric, recebe o presidente Lula (PT) no Palácio La Moneda, em Santiago. - Ivan Alvarado-05.08.2024/REUTERS

Dois aviões do governo brasileiro viajaram ao Chile para levar a delegação. Só o de Lula fez a parada em São Paulo.

A previsão inicial era a de que o presidente ficasse na capital paulista, onde tem casa. Depois, o trajeto mudou. Procurado, o Palácio do Planalto não informou o motivo da parada.

A primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, não acompanhou Lula na viagem ao Chile. Ela estava em São Paulo, e, segundo sua assessoria, teve agendas pessoais. O Planalto também não informou se ela voltou para Brasília com o presidente.

Estiveram com Lula no Chile os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores); Márcio França (Empreendedorismo); Alexandre Silveira (Minas e Energia); Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos); Carlos Fávaro (Agricultura); Luiz Marinho (Trabalho); Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social); Nísia Trindade (Saúde); Esther Dweck (Gestão e Inovação); Silvio Almeida (Direitos Humanos); Marco Antônio Amaro (GSI); Laércio Portela (Secom); Luciana Santos (Ciência e Tecnologia); e Celso Sabino (Turismo). O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Márcio Elias Rosa, também viajou.

A viagem de Lula ao Chile teve como objetivo estreitar lanços com o governo Boric, também de esquerda, ampliar parcerias comerciais e firmar novos acordos e entendimentos.

Mas o tema principal da conversa com Boric foi Venezuela, sobre o qual ele e Lula discordam. O brasileiro deixou o país sem falar com jornalistas sobre a crise.

De acordo com integrantes do governo Lula, o presidente atendeu a um pedido da gestão Boric de não abordar o tema em Santiago, para evitar contaminar a visita. Auxiliares disseram então que Lula falaria sobre o assunto no Brasil.

O presidente do Chile esperou Lula deixar o país para abordar o tema. No dia seguinte, subiu o tom contra o regime de Nicolás Maduro.

A jornalistas, Boric afirmou não reconhecer a reeleição do ditador, anunciada pelo órgão eleitoral do país na semana passada. Disse ainda não ter dúvidas de que a demora de Caracas para levar a público as atas das eleições presidenciais do último dia 28 tem como objetivo fraudar o pleito.

Na segunda (5), o opositor Edmundo González havia se autoproclamado presidente eleito no mesmo momento em que Lula estava no Palácio de La Moneda, em Santiago, com seu homólogo chileno.

Boric e Lula têm adotado posturas distintas diante da crise venezuelana. No dia seguinte ao anúncio oficial de que Maduro teria vencido as eleições, o chileno disse que os resultados eram difíceis de acreditar. Já o governo brasileiro tem buscado uma solução diplomática com outros países governados pela esquerda.

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