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Nunes fala em 'questão de agenda' e desconversa sobre ir ao 7 de Setembro bolsonarista

Prefeito diz que, se não puder ir por causa de compromissos oficiais, seu vice na chapa irá ao ato convocado contra Moraes

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São Paulo

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) desconversou nesta terça-feira (20) ao ser questionado se irá ao ato convocado por bolsonaristas para o dia 7 de Setembro contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e mencionou a possibilidade de uma "questão de agenda".

Segundo ele, caso tenha que cumprir algum compromisso oficial ligado à comemoração do aniversário da Independência do país, seu vice de chapa, coronel Mello Araújo, irá à manifestação de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) - Bruno Santos - 8.ago.2024/Folhapress

"Olha, eu não vi ainda a agenda do dia 7. O dia 7 de setembro é um dia muito importante para a gente, para todo o povo brasileiro, que simboliza principalmente a questão da independência, da liberdade", afirmou. "Eu tenho minhas agendas oficiais como prefeito", disse.

"Pode ser que eu esteja, eu não sei ainda", continuou. "Se por acaso eu não puder estar por conta da questão de agenda do 7 de setembro, as agendas oficiais, porque eu continuo prefeito, pelo menos o coronel Mello estará lá nos representando."

A declaração foi dada durante evento de campanha em Santana, na zona norte, após episódio de tensão entre a campanha de Nunes e o núcleo ligado a Bolsonaro.

O ex-presidente fez elogios a Marçal, e seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal pelo PL, teceu críticas a Nunes. Em entrevista na quinta-feira (15) à Rádio 96 FM, de Natal, Bolsonaro disse que o influenciador "fala muito bem", é "uma pessoa inteligente" e "tem suas virtudes". Afirmou, ainda, que o prefeito não é o "candidato dos sonhos", ainda que tenha assumido o compromisso de ajudá-lo.

A manifestação no 7 de setembro foi convocada por Eduardo como um protesto contra Moraes, autor de diversas decisões que miraram o ex-presidente e seu entorno e alvo de pedido de impeachment de parlamentares bolsonaristas.

Mais cedo, durante uma agenda da prefeitura, Nunes negou que o vídeo gravado por Bolsonaro tenha sido uma demonstração de apoio do ex-presidente ao coach. "O presidente não fez uma declaração de apoio a Marçal; ele falou ali que me apoia e fez uma gentileza, disse que ele [Pablo Marçal] é inteligente. E eu acabei falando que achei estranho o presidente elogiar alguém que já falou mal da família dele."

O prefeito também comentou o pedido apresentado pelo Ministério Público Eleitoral de São Paulo para a suspensão do registro de candidatura de Marçal por abuso de poder econômico.

Nunes classificou a Justiça Eleitoral como lenta e disse que a instituição precisa ser mais ágil para resolver as questões das eleições, que acontecem "muito rápido". Ainda sugeriu a presença de representantes da instituição nos debates eleitorais. Segundo ele, assim informações apresentadas no debate poderiam ser checadas com mais agilidade e servir como "vacina contra fake news".

Mesmo tendo optado por se ausentar do debate realizado pela revista Veja, na segunda-feira (19), Nunes se disse confiante com o resultado das pesquisas eleitorais previstas para esta semana. "Fui ausente num palco montado para fazer cortes para redes sociais. Apesar disso, todo debate que tiver da cidade, eu estarei presente."

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