LARISSA TEIXEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Voar de helicóptero ficou mais fácil e barato em São Paulo. Isso porque as empresas de táxi aéreo têm investido em aplicativos de compartilhamento para diminuir os preços e aumentar sua clientela.

Os serviços oferecidos vão de cotações personalizadas até a divisão do frete com outros passageiros.

Uma viagem de 15 minutos entre a avenida Faria Lima, na zona oeste, e o aeroporto de Guarulhos custa entre R$ 300 e R$ 500 pela Voom -start-up ligada à Airbus que tem voos compartilhados em parceria com a Cabify-, preço 80% menor do que os serviços tradicionais de táxi aéreo.

Outros aplicativos têm trazido inovações para o setor. No Jet To Go, é possível fazer voos para qualquer destino e receber cotações de diversas empresas em alguns minutos.

"Quando uma demanda é gerada pelo cliente, ela é automaticamente disparada para todas as empresas de táxi aéreo cadastradas em nossa plataforma", explica Ernesto Padilha, fundador do Jet to Go.

O Aerobid, no mercado desde 2015, faz cotações para o fretamento de jatos.

Já o Flapper, criado em 2016, oferece o compartilhamento de voos para lugares como Rio, Jacarepaguá, Angra dos Reis e litoral norte de São Paulo, e pretende lançar no próximo ano um serviço por assinatura, em que o usuário paga uma taxa mensal para voar à vontade. "A plataforma já tem 45 mil usuários, e a demanda continua crescendo", afirma o CEO da Flapper, Paul Malicki.

A própria Uber, que em 2016 chegou a testar por um mês o projeto piloto Ubercopter, deve voltar ao mercado em 2020. Dessa vez, com uma aeronave não tripulada chamada UberAIR, com capacidade de decolagem e aterrissagem vertical.

Para o presidente da Abraphe (Associação Brasileira dos Pilotos de Helicóptero), Arthur Fioratti, o setor, que estava em declínio desde 2014, tem se beneficiado desse novo modelo.

Fioratti lembra que a demanda por esse tipo de serviço é muito alta em São Paulo, uma das cidades com maior frota de helicópteros do mundo -cerca de 400 aeronaves registradas e aproximadamente 1.300 pousos e decolagens por dia, segundo a associação.

"A cidade tem uma população muito grande de executivos, que têm a necessidade de viajar com frequência. Agora, outras pessoas poderão usar esse meio de transporte", diz.

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